
Novo «Encuentro com a Mar» organizado pelo Clúster Marítimo Espanhol
Novo «Encuentro com a Mar» organizado pelo Clúster Marítimo Espanhol

O Clúster Marítimo Espanhol (CME) celebrou um novo Encontro com a Mar sob o título “Eficiência Energética Marinha”. O acto consistiram em empresas representativas de diversos domínios do sector naval, que expuseram as últimas novidades e regulamentações aplicáveis no ambiente marítimo, a fim de torná-lo mais eficiente em termos energéticos.
O Clúster Marítimo Espanhol (CME) celebrou um novo Encontro com a Mar sob o título “Eficiência Energética Marinha”. O acto consistiram em empresas representativas de diversos domínios do sector naval, que expuseram as últimas novidades e regulamentações aplicáveis no ambiente marítimo, a fim de torná-lo mais eficiente em termos energéticos. Assim, após as boas-vindas oferecidas por Frederico Esteve, presidente de honra do CME, abriu o encontro José Luis Candia, diretor comercial do Grupo Lledó. Em sua intervenção, Candia expôs os benefícios que a tecnologia LED oferece hoje em dia para obter um desempenho mais eficiente dos recursos lumínicos, tanto no exterior como no interior. Entre esses benefícios destacou maior eficácia do sistema de iluminação, um aumento na vida útil da fonte lumínica, maior controle da luz e cores geradas, uma tecnologia mais segura e sem substâncias tóxicas, e maior robustez, suportando vibrações, golpes e baixas temperaturas.
Ensaios
Em seguida, interveio Arturo Piñeyro, chefe da área de instalações experimentais do CEHIPAR, que falou sobre a importância dos ensaios hidrodinâmicos no estabelecimento do índice de eficiência energética de cada navio. Desta forma, Piñeyro fez referência à evolução normativa iniciada em 2011 e que, na sua trajectória, definiu metas ambiciosas de redução de emissões. Além disso, observou que, neste processo de cumprimento dos níveis de emissões estabelecidos, o CEHIPAR contribui para o processo construtivo do navio através da elaboração de um processo técnico que resulte numa taxa de eficiência energética de um determinado navio, posteriormente transferido para a sociedade de classificação.
Inovações técnicas
Para falar sobre as inovações técnicas que ocorrem no domínio marítimo, e que contribuem para melhorar a eficiência energética dos navios, esteve presente na mesa de debate Gerardo Sanmartín, delegado de Pinturas Hempel na Corunha. Durante a sua intervenção, expôs uma das principais novidades que a empresa implementou para melhorar a eficiência energética dos navios, do ponto de vista do revestimento e da luta contra a corrosão, Hempaguard. Trata-se de um produto que criado a partir da mistura de hidrogel e biocidas, que consegue que o casco do navio e a água se unem formando um só corpo, evitando, assim, a aderência de fauna marinha que possa danificar o navio. Este efeito proporciona uma poupança de combustível de 3,5 % a 8,6% e permite que os navios possam navegar em qualquer tipo de água, tornando-os mais eficientes e versáteis. Outro aspecto que mais se tem em conta no controlo dos índices de eficiência energética de um navio é o sistema propulsivo do mesmo. Por isso, o encontro contou com a presença de Paulo Cantero, Marine Business Development Manager do Barloworld Finanzauto, que fez uma breve revisão pela evolução dos motores marinhos. Em seu posto, Cantero destacou a influência das normativas estabelecidas no desenvolvimento dos sistemas propulsivos marinhos. Segundo explicou o representante do Barloworld Finanzauto, é importante considerar aspectos como a forma ou o perfil do navio para implementar um determinado sistema de propulsão. “Se busca cada vez mais incorporar sistemas eficientes, que se adaptem à normativa existente”. Cantero terminou sua intervenção deixando claro que, apesar dos avanços produzidos, o futuro se encontra na propulsão por Gas natural Licuado e a revolução das tecnologias da informação. Buques completamente monitorados e automatizados, nos quais se dirigirá grande quantidade de dados. A chave será encontrada em transformar esses dados em informação.
Normativa aplicada
Depois de colocar em cima da mesa os novos avanços surgidos na luz, ensaios, revestimentos e propulsão, Montserrat Espín, responsável por máquinas, eletricidade e segurança do Bureau Veritas aportou ao debate sua visão sobre as novas regulamentações que regem o domínio marítimo para a monitorização e redução das emissões. Durante sua exposição destacou o papel protagonista do Gas Natural Licuado, como fonte eficiente de alimentação dos navios, bem como os projetos nacionais e internacionais que já incorporam este tipo de combustível, e nos quais Bureau Veritas participou. Um exemplo disso é o navio de Baleària, Abel Matutes.
Novos Projectos
Para finalizar, tomaram a palavra José Poblet, consultor técnico de Baleària e Jesus Branco, técnico de gestão de sistemas de manutenção de Baleària. Ambos deram a conhecer o último projecto em que a empresa foi embarcada e que foi suposto para a mesma e para o sector naval, em geral, um conceito totalmente inovador. Após anos de estudo e desenvolvimento, a Baleària foi adaptando os seus navios para a situação actual, com base no conceito de ecoeficiência e introduzindo melhorias em aspectos como a habilitação e o rácio de carga. Assim, o novo navio de Baleària é uma embarcação mais confortável, com maior capacidade de carga e dotado com sistemas de GNL e placas solares, o que lhe tornam mais eficiente. Além disso, segundo os relatores, este navio incorpora novas tecnologias inteligentes, que o tornam um smartship. Dessa forma, a empresa pretende obter dados objetivos da embarcação, sobre os quais poder agir, para torná-la o mais eficiente possível.
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