De acordo com Liz Wardley "Nós navegamos durante 3500 milhas com o gerador pela popa do barco e durante esse tempo não tivemos que acender o motor. Normalmente colocamos em marcha o motor entre uma hora e uma hora e meia cada dia”.

A Volvo Ocean Race vai instalar um novo hidrogerador que atuará como fonte de energia de reserva do motor Volvo Penta em cada um dos barcos Volvo Ocean 65 da frota, como parte de um processo de remodelação de um milhão de euros por navio que está sendo realizado em Lisboa, o que representa um marco importante na aposta pela auto-suficiência energética na regata. Os oito navios, os sete da última edição mais o novo navio que se está construindo em Persico Marine na Itália, terão a unidade, que já está em condições de fornecer energia suficiente para fazer funcionar os sistemas essenciais de bordo em caso de falha mecânica.

Com base nos resultados nos testes que estão sendo feitos de forma contínua antes da regata, seu uso pode ser obrigatório em ocasiões durante a edição de 2017-18, a fim de oferecer resultados em condições reais de competição e começar a reduzir a quantidade de combustível usado pelos navios para seus sistemas eletrônicos. A unidade já foi instalada em um navio para fazer testes, e os resultados foram significativos, segundo o diretor de Barcos e Manutenção da regata, Nick Bice:“Nossos testes não demonstraram nenhum impacto evidente na velocidade em termos de aumento da resistência”... “Nos últimos anos, trabalhamos muito com as energias alternativas”, explicou. “Na prática, o hidrogerador é uma hélice que deixa cair pela popa do navio, como se fosse um pequeno foraborda, que gira com a corrente de água, gerando eletricidade que retroalimenta as baterias do navio.” “Nossas provas não demonstraram nenhum impacto evidente na velocidade em termos de aumento da resistência. Os resultados têm sido suficientemente positivos para me convencer de que não há nenhuma razão pela qual no futuro não podemos ser auto-suficientes energéticamente no campo de regatas”.