
Sevilha e Las Palmas pedem ao próximo governo a reforma da estiba nos Portos do Estado
Sevilha e Las Palmas pedem ao próximo governo a reforma da estiba nos Portos do Estado

Manuel Gracia e Luis Ibarra exigem a adaptação à regulamentação comunitária para a regulação da estiba (Canary Ports)
Manuel Gracia, presidente da Autoridade Portuária de Sevilha, e Luis Ibarra, seu homólogo em Las Palmas, concordam em afirmar que a adaptação à regulamentação comunitária para a regulação da estiba é um “toro que haverá que pegar pelos chifres” o mais rapidamente possível.“De uma vez por todas, o próximo governo espanhol terá que se queixar neste assunto, após tanto tempo de atraso”, declarou o máximo mandatário do porto sevillano, em sua comparecencia diante dos meios de comunicação durante a missão comercial realizada às Canárias para dar a conhecer as capacidades logísticas do Porto de Sevilha. Luís Ibarra, por sua vez, lembrou que quando assumiu o cargo de presidente, a Sagep tinha em Las Palmas cerca de 510 estibadores. Agora já vamos por 460. A demora excessiva na tomada de decisões para adaptar a regulamentação europeia do sector ao nosso país está a afectar em demasia Las Palmas. “Temos um modelo sobredimensionado, uma vez comprovado o declínio da descarga de pesca pelágica e que a primeira aposta da MSC pelo terminal de Opcsa não está dando os frutos desejados”. Ibarra anuncia que Las Palmas não pode continuar esperando que Portos do Estado resolva o assunto. “Nosso objetivo é atenuar as consequências negativas do atual sistema. Temos a possibilidade de pactar a prejubilização de cerca de 50 trabalhadores. Penso que poderemos, nestes dias, saber os custos do que isto pode representar”, afirma Ibarra. Portos do Estado já foram informados de que a Autoridade Portuária de Las Palmas está disposta a garantir a operação com um adiantamento do dinheiro necessário com uma garantia das empresas estibadores para a devolução do dinheiro num prazo determinado. “Já passou muito tempo. Desde dezembro de 2014, quando ocorreu a resolução da União Europeia. Uma vez conhecermos o montante da prejubilização desses 50 trabalhadores nos daremos uma semana para tomar uma decisão. Queremos um modelo de pouco mais de 400 estibadores”, conclui Luis Ibarra. Estima-se que esse custo seja menos de 5 milhões de euros.
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