
Conselhos de segurança da SM (3): Equipamento de radiocomunicações
Conselhos de segurança da SM (3): Equipamento de radiocomunicações
El «Regulamento que regula as radiocomunicações a bordo de navios civis espanhóis» identifica as equipas que devem levar as embarcações de recreio, segundo as zonas de navegação onde estão autorizadas a navegar. Os equipamentos consistem em estações de rádio fixas (em VHF e OM, com Chamada Selectiva Digital – LSD), Inmarsat, estações portáteis de VHF, terminais NAVTEX, radiobalizas (RLS – EPIRB), respondedores de radar (RESAR – SART), e sistema de posicionamento por satélite (GPS). Quanto maior a distância da costa a que se pode navegar, mais completos devem ser os equipamentos. Embora uma embarcação não precise determinados equipamentos, é sempre recomendável ir além da regulamentação.
Lembre-se de:
- Para a sua equipa de rádio, deve solicitar à Direcção-Geral da Marinha Mercante o número MMSI (*) e a correspondente Licença de Estação de Barco.
- A eficácia e rapidez de resposta dos meios de emergência dependem, em grande medida, da correta transmissão de uma chamada de socorro.
- (*) Número de Identificação do Serviço Móvel Marítimo. (RLS- EPIRB)
- É necessário saber utilizar os equipamentos e conhecer os procedimentos.
O SMSSM emite chamadas de socorro de forma automatizada que chegam diretamente aos Centros Coordenadores de Salvamento e Estações Radiocosteiras, graças ao emprego de tecnologia de rádio digital e de ligações por satélite. Consulte e preencha os prazos de implantação do SMSSM na frota de recreio, de acordo com as zonas de navegação autorizadas para o seu navio.
Os principais meios utilizados pelo SMSSM são:
1) Radiobaliza de localização de siniestos
O sistema internacional de satélites COSPAS-SARSAT e GEOSAR (estacionários) capta os sinais de emergência emitidos por radiobalizas. Estas são ativadas automaticamente, ao mergulhar na água, ou manualmente. As rádios que emitiam em 121,5 Mhz foram dadas de baixa em 2009 e todas emitem já na frequência de 406 Mhz. A razão é que as de 406 Mhz têm mais potência e incluem um código de identificação único que personaliza a embarcação proprietária. Os modelos fornecidos de GPS (ou bem ligados ao GPS da embarcação por infravermelhos), transmitem a exata posição da emergência. Um satélite da constelação capta o sinal e remete para estações terrestres, ativando a resposta.
2) O sistema global de socorro e segurança marítima (SMSSM)
Salvamento Marítimo responde a todas as emergências de uma radiobaliza. Para conseguir que o radiobaliza seja eficaz é importante:
- Registar a radiobaliza no momento da sua aquisição, seguindo os procedimentos regulamentares para que o sinal de emergência incorpore a identificação da embarcação.
- O modelo deve dispor de luz de desmalhos e um sinal (acústica e/ou luminosa) que indique sua ativação.
- Situar a radiobaliza e sua acomodação em um local limpo e protegido da cobertura de onde possa ascender livremente à superfície em caso de afundamento (*). Nunca navegar com a radiobaliza guardada no interior de um «armario».
- Tentar com cuidado e evitando os golpes.
- Respeitar escrupulosamente os prazos das revisões (bateria e zafa hidrostática).
- Verifique o estado da bateria antes de zarpar.
- Não manipular a radiobaliza sem motivo, para evitar sua ativação acidental.
- Não tentar carregar ou substituir a bateria pelos seus meios: deve ser feito por um serviço técnico autorizado
- Se estiver activo sem razão para isso, informe urgentemente o Salvamento Marítimo para desativar a operação de busca.
(*) É recomendável afastar a radiobaliza de radares, antenas de rádio ou altifalantes, pois pode ser ativada involuntariamente.
3) O VHF
O rádio em VHF é o sistema de comunicação por rádio habitual na frota de recreio. Em comparação com outras frequências (OC e OM), o seu alcance é relativamente curto e depende das condições de propagação na atmosfera. Como as ondas se propagam em linha reta, qualquer obstáculo pode impedi-las. É importante que o usuário tenha claro que o Canal 16 de VHF está reservado para segurança e chamadas de socorro. Nunca deve ser empregado para conversar. No SMSSM, o VHF usa a Chamada Selectiva Digital (LSD) pelo Canal 70. É um sistema automatizado para a transmissão de chamadas de socorro que garante a sua recepção pelos serviços de salvamento marítimo (se estiverem dentro do alcance do VHF Digital – 40 / 50 milhas) e por outros navios e embarcações próximos. A grande vantagem de pedir socorro com o LSD é que basta carregar num botão. Todos os membros da tripulação devem ser capazes de utilizar o VHF e a chamada seletiva digital LSD.
4) Respondedor de Radar (RESAR-SART)
Uma vez ativado, de forma automática ou manual, reage ao receber (ser interrogado) um sinal radar em 9 Ghz, respondendo com um sinal de barrido ou rajada para ser localizado. O RESAR é muito útil de uma balsa de sobrevivência para guiar, rápida e exatamente, os serviços de salvamento até nossa posição.
5) O telemóvel
- Não são fiáveis nem a cobertura nem o alcance em qualquer momento e circunstância.
- Pode-se chamar a terra firme, mas não comunicar simultaneamente com embarcações próximas que nos emprestariam rápido socorro. Algo que faz o VHF, pois realiza uma chamada geral recebida por todas as estações a seu alcance, a bordo de navios ou em terra, que mantêm a escuta nos canais e frequências de socorro.
- Embora contacte telefonicamente com Salvamento Marítimo, deve informar a sua posição exata, pois não se pode saber do que ponto está chamando. Pelo contrário, ao receber uma chamada de socorro por rádio, o serviço de salvamento marítimo pode obter automaticamente as coordenadas geográficas do local onde se encontra.
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