
Quando a autoridade era a Federação Espanhola de Clubs Náuticos
Quando a autoridade era a Federação Espanhola de Clubs Náuticos

O Real Club Náutico de Valência desde 1903 até finais da década de 1980, contou com umas excepcionais instalações na desembocadura do Turia... mas o Club teve que ir a um grande porto esportivo, como produto de que se tornou um dos referentes da náutica a nível planetário
Desde o ano 1900 existia em Espanha uma Federação de Clubes Náuticos do Cantábrico, que formavam o Real Club de Regatas de Santander, o Real Club Náutico de San Sebastián e o Real Sporting Club.
Em 1906 somam-se a esses três clubes outros quatro: O Real Club de Regatas de Alicante, o Real Club Náutico de Barcelona, o Real Club Marítimo do Abra e o Real Club de Regatas de Cartagena, e criam a Federação Espanhola de Clubes Náuticos, que se converteu, a todos os efeitos, na autoridade nacional.
Seu primeiro presidente, Victoriano López-Dóriga, participou no ano seguinte à fundação em Paris da International Yacht Racing Union (a lendária IYRU), atual Federação Internacional de Vela. A Federação Espanhola de Clubes Náuticos tornou-se Federação Espanhola de Vela em 1966, e em 8 de abril de 1987 em Real Federação Espanhola de Vela.
Após os primeiros passos a incipiente Federação tomava grande importância ao longo do ano 1914... ano em que reconhece oficialmente clubes náuticos de toda a Espanha, que somam um total de 19. Entre eles o denominado Yate Real Giralda... Enrique Careaga era seu máximo responsável e representante em Madrid das reuniões daqueles anos... Careaga era um dos principais armadores espanhóis de barcos de regata, não em vão em 1907 era o proprietário da Princesa das Astúrias, que tinha ganhado a conhecida regata internacional da Sonderklasse.

Afonso XIII era habitual nas regatas de todo o norte da Espanha. De fato a Copa do Rei que atualmente se celebra em Palma de Maiorca (desde 1982)... antes da proclamação da segunda república em 1931... se disputou e mais de uma vez em cidades como Vigo, Villagarcía de Arosa, Gijón, Santander, Las Arenas-Getxo e San Sebastián... na imagem o Giralda II, o Yate Real, na espera do início da Copa do Rei de Vela
Catalunha e concretamente Barcelona e o País Basco eram a zona com maior número de clubes oficialmente reconhecidos: no total 4... Golden Lyon Racing Club, Real Club Maritim, Real Club Náutico e Sailing Yacht Club catalães... e pela náutica vasca: Real Sporting, Náutico de Bilbau, Náutico de San Sebastián e o Marítimo do Abra de Las Arenas... por Andaluzia eram dois: o de Cádiz e o Mediterrâneo de Málaga, também dois valencianos: Alicante e Valência. Pela Galiza outros dois: o Regatas Galiza de Villagarcía, e o desaperecido então Náutico de Vigo... que se tinha transformado em uma seção do afamado time de futebol: o Vigo Sporting... com um representante Canárias (Las Palmas), Cantabria (Santander), Múrcia (Cartagena) e Astúrias (Gijão). Os que tinham mais número de parceiros eram o Marítimo do Abra (500) e o Náutico donostiarra (402) e quanto às quotas sociais entre 50 e 100 pesetas mensais era o mais normal (entre 400 e 600 euros actuais)
Listado de Clubs Náuticos reconhecidos como tais, pelo Anuario 1914 da F.E.C.N.
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