Apresentação da equipa nacional de vela olímpica que nos representará em Paris

Apresentação da equipa nacional de vela olímpica que nos representará em Paris

Nautica Digital Europe

Com nove classes classificadas, de dez possíveis, a vela procurará em Marselha manter-se à frente do medallero olímpico nacional somando novos metais aos 13 ouros, 5 pratas e 3 bronzes atuais

A Real Federação Espanhola de Vela apresentou hoje, na sede do Conselho Superior de Esportes, a equipe pré-seleccionado para representar a Espanha nos Jogos de Paris 2024. Treze atletas, sete mulheres e seis homens, que procurarão manter a vela à frente do medallero olímpico espanhol, do qual é líder com um total de 21 medalhas: 13 ouros, 5 pratas e 3 bronzes.

Jordi Xammar e Nora Brugman em 470 mista, Diego Botín e Florian Trittel em 49er, Támara Echegoyen e Paula Barceló em 49er FX, Tara Pacheco e Andrés Barrio em Nacra 17, Ana Moncada em ILCA 6, Joaquín Blanco em ILCA 7, Nacho Baltasar em iQFOiL Masculino, Pilar Lamadrid em iQFOiL Femenino e Gisela Pulido em Formula Kite Femenino compõem o elenco de esportistas pré-seleccionados para representarnos no campo de regatas de Marselha, sede da vela em Paris 2024. A ratificação da equipe pelo Comitê Olímpico Espanhol será pública este mês de maio.

Em sua apresentação oficial, a equipe foi acompanhada por José Manuel Rodríguez Uribes, presidente do Conselho Superior de Esportes, junto a Javier Sanz e Chimo González Devesa, presidente e vice-presidente da RFEV, respectivamente. Também assistiram presidentes de várias federações territoriais e representantes das assinaturas patrocinadoras da equipe nacional de vela. Também não faltou uma representação daqueles que lhes precederam na história da vela olímpica espanhola, com a assistência da bimedallista Theresa Zabell.

Xisco Gil, diretor de Preparação Olímpica da RFEV, liderou a representação da equipe multidisciplinar que dá apoio à equipe espanhola de vela durante sua campanha olímpica, uma ampla equipe técnica, médico e logística que vela diariamente para que o desempenho de nossos atletas seja máximo e cheguem aos Jogos com todas as garantias de sucesso. Eles assistiram Marc Combalia, analista de dados; Riccardo Ravagnan, meteorólogo; Meritxell Bellatriu, psicóloga, e Claudia Juan e Lucia Ruíz-Cotorro, fisioterapeutas.

José Manuel Rodríguez Uribes, presidente do Conselho Superior de Esportes, qualificou a vela como um valor seguro: “O dizem a história e as estatísticas: desde Montreal’76, venceram medalhas em todos os Jogos (excepto Sydney e Rio). No total, 21: 13 de ouro, 5 de prata e 3 de bronze”.

O presidente da Real Federação Espanhola de Vela,Javier Sanz, destacou o bom trabalho: “Temos tido os meios humanos e técnicos, e nós soubemos aproveitar. Estou satisfeito com o trabalho realizado, independentemente dos resultados”.

Os protagonistas

470 Misto – Jordi Xammar e Nora Brugman

A classe mais antiga de quantas participam nos Jogos Olímpicos se renova para esta edição ao se tornar classe mista. Em suas anteriores categorias, masculina e feminina, é a disciplina que mais medalhas traz ao medallero de vela, com quatro ouros, duas pratas e um bronze.

Depois de sua passagem pelo Rio 2016, onde formou tripulação com Joan Herp, e Tóquio 2020, onde se pendurou a medalha de bronze junto Nico Rodríguez, esses serão os terceiros Jogos Olímpicos para Jordi Xammar.

Diante da mudança da classe à categoria mista, Xammar uniu forças com Nora Brugman, para quem esses serão seus primeiros Jogos Olímpicos após desenvolver sua primeira campanha olímpica com vistas a Tóquio com a equipe norte-americana.

A corrida para Paris desta tripulação foi impecável. Actuais campeões do mundo, foram subcampeões em 2022 na Haia, onde obtiveram a praça de país. Ocupam o primeiro lugar no Ranking Mundial da Federação Internacional de Vela, World Sailing.

470 M 4; 2 ouros, 1 prata, 1 bronze
Prata Montreal 1976, Antonio Gorostegui-Pedro Millet
Ouro Los Angeles 1984, Luís Doreste-Roberto Molina
Ouro Barcelona 1992, Jordi Calafat-Francisco Sánchez Luna
Bronce Tóquio 2020, Jordi Xammar-Nico Rodríguez
470 F 3; 2 ouros, 1 prata
Ouro Barcelona, Theresa Zabell-Patricia Guerra
Ouro Atlanta 1996, Theresa Zabell-Begoña Via-Dufresne
Prata Atenas 2004, Natalia Via Dufresne-Sandra Azón

49er – Diego Botín e Florian Trittel

Enmarcado na penúltima geração de classes incluídas nos Jogos Olímpicos (2000), o chamado skiff masculino deu a Espanha dois melladas, uma de ouro e uma de prata.

A tripulação titular da equipe nacional não é alheia aos Jogos. A primeira participação de Diego Botín foi no Rio 2016 junto a Iago López-Marra, com quem repetiria em Tóquio 2020 para obter um diploma olímpico de sabor agridulce ao finalizar quartos empatados a pontos com a medalha de bronze.

Florian Trittel prepara seus segundos Jogos Olímpicos após formar tripulação com Tara Pacheco em Nacra 17 em Tóquio 2020.

Terceiros do Ranking Mundial, a combinação de ambos atletas está sendo muito produtiva. Eles estrearam-se como campeões da Europa e subcampeões do mundo em 2022, acrescentando um bronze no mundo 2023 com o qual obtiveram a classificação de país. Este 2024 começou para eles com medalha de bronze no Campeonato do Mundo disputado em Lanzarote ao que seguiu um primeiro posto no Troféu Princesa Sofia e o recente ouro na Semana Olímpica Francesa.

49er 2; 1 ouro, 1 prata
Ouro Atenas 2004, Iker Martínez-Xabi Fernández
Prata Pekin 2008, Iker Martínez-Xabi Fernández

49er FX– Támara Echegoyen e Paula Barceló

Após a entrada de 49er nos Jogos Olímpicos como categoria mista e ser exclusivamente masculina em Londres 2012, foi no Rio 2016 quando se juntou a versão feminina da classe sob o nome de 49er FX.

Támara Echegoyen foi ponta de seta no desenvolvimento da classe em Espanha e, depois de sua medalha de ouro em Londres 2012 na classe Elliott 6M junto a Sofia Toro e Ángela Pumariega, foi aos Jogos do Rio coma Berta Betanzos para se tornar merecedoras de um Diploma Olímpico com o quarto posto em 49er FX. Para Tóquio 2020, Támara formou tripulação com Paula Barceló, somado um segundo Diploma Olímpico, também com uma quarta posição.

O tandem repete para Paris 2024 e recomendam sua posição de favoritas com sendos bronzes no mundo de 2022 e no europeu de 2023.

ILCA 6 / ILCA 7- Ana Moncada / Joaquín Blanco

Incluida como classe open em Atlanta 1996 sob a denominação de Laser, passou a contar com categoria masculina e feminina em Pekin 2008 como Laser Standard e Laser Radial, passando a denominar-se ILCA 6 e ILCA 7 em Tóquio 2020, acrónimo de International Laser Class Association.

A Espanha teve representação nesta categoria desde os seus inícios, e nesta ocasião serão Ana Moncada e Joaquín Blanco que nos representam. Para Ana Moncada serão seus primeiros Jogos Olímpicos, enquanto Joaquín Blanco já participou nos Jogos do Rio de 2016.

Nacra 17 – Tara Pacheco e Andrés Barrio

Após a cessação do Tornado como disciplina olímpica de vela, o Nacra 17 tomou o relevo no Rio 2016 e tornou-se categoria voadora em Tóquio 2020 ao incorporar foils. Em ambas as ocasiões contou com tripulação espanhola nos Jogos Olímpicos e em cada uma delas esteve presente Tara Pacheco, no Rio como tripulante de Fernando Echévarri, e em Tóquio como timonel junto a Florian Trittel. Após rozar o Top10 no Rio, em Tóquio obteve Diploma Olímpico com um sexto posto.

Por sua vez, Andrés Barrio começou esta campanha formando tripulação com Antonio Torrado em 49er, para começar junto a Tara o sprint para Paris 2024 em 2023. Com um décimo primeiro lugar, obtiveram a praça de país para a classe na primeira oportunidade, o Campeonato do Mundo de Classes Olímpicas de Haia 2023.

IQFOiL M e F – Nacho Baltasar e Pilar Lamadrid

O windsurf entrou a fazer parte da família olímpica em Los Angeles 1984, variando sua denominação ao longo dos anos desde o Windglider até o iQFOiL passando pelo Lechner, o Mistral ou o RS:X em função do modelo de tabela. Em RS.X Femenino, Marina Alabau obteve a medalha de ouro em Londres 2012.

Com o atual iQFOiL o windsurf olímpico se torna voador e se torna uma classe praticamente nova por sua navegação e qualidades de seus atletas.

Tanto para Nacho Baltasar como para Pilar Lamadrid, nossos representantes em categoria masculina e feminina respectivamente, esses serão seus primeiros Jogos.

Para Pilar Lamadrid, a experiência de ter atuado como sparring de Blanca Manchó na campanha de Tóquio e sua paixão pelo windsurf fizeram que iniciar a campanha de Paris destacando internacionalmente. As posições de Top5 são a tônica de sua palmarés com um quinto posto no último mundial da classe e mesma posição no Ranking internacional.

Nacho Baltasar, o mais jovem da equipe espanhola, disputar seus primeiros Jogos Olímpicos com 19 anos. Sua escalada nos diferentes níveis da categoria tem sido vertiginosa e, depois de obter um quinto posto no Test Event de Marselha do ano passado, conseguiu a classificação de país com o décimo primeiro lugar no mundo da Haia, é subcampeão do mundo Sub23, e medalha de bronze na recente Semana Olímpica Francesa, última regata internacional da classe antes dos Jogos Olímpicos de Paris 2024. O sétimo posto obtido no Troféu Princesa Sofia o alçou até a sétima posição no Ranking Mundial, pois melhorará após o bronze obtido na Semana Olímpica Francesa.

Windsurf RS:X 1; 1 ouro
Ouro, Londres 2012, Marina Alabau

Formula Kite F – Gisela Pulido

Voladora e com cometa, assim de transgresora é a novíssima classe Formula Kite em que se alcançam velocidades que roçam os 40 nós.

Da mão de Gisela Pulido, dez vezes campeona do mundo em freestyle, a Espanha conseguiu sua classificação como país na primeira prova classificatória, o mundial da Haia 2023, sendo esta a primeira experiência olímpica para a raider.

Pulido se codea de você com a flor e nata internacional, ocupando a terceira posição no Ranking Mundial. Em sua palmarés destacam-se um sexto no europeu 2023 e um quinto em Test Event de Marselha, ficando ainda por disputar o título mundial antes dos Jogos Olímpicos de Paris.

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