Navantia iniciou o fabrico do primeiro dos petroleiros Suezmax para o Grupo Ibaizábal. Os navios vão ser construídos em grande parte no estaleiro de Porto Real e alguns blocos em Ferrol. O primeiro navio será entregue no final do próximo ano e o contrato representará cerca de 3.100 empregos directos, indirectos e induzidos. Os dois primeiros navios serão incorporados à frota de Cepsa, sob a modalidade de time charter. A construção dos navios é enquadrada dentro do acordo que Cepsa assinou com Ibaizábal para renovar sua frota, incorporando as optimizações mais avançadas, tanto em eficiência energética como de transporte de carga e segurança.

Na cerimônia participaram o embaixador da Coreia, Park Hee-Kwon; o presidente de DSEC, Man-Soo Kim; o presidente do Grupo Ibaizábal, Alejandro Aznar; o diretor de Comunicação e Relações Institucionais de Cepsa, Iñigo Díaz de Espada e o presidente de Navantia, José Manuel Revolta. Em dezembro de 2015 a sociedade de classificação Lloyd ́s Registers certificou as 6 quillas, dando cumprimento a uma das obrigações contratuais de que as postas de quilla se produzisse antes de acabar em 2015, para se adequar à atual normativa internacional na construção deste tipo de navios.

A partir de agora, com a contínua recepção de materiais da DSEC na Coreia, o ritmo de trabalho aumentará consideravelmente, o primeiro dos navios será entregue no final de 2017. Também está a trabalhar na realização do quinto e sexto petroleiro. A construção de cada navio será de 725.000 horas de trabalho, ou seja, para os 4 primeiros o volume de mão-de-obra será de cerca de 3 milhões de horas de trabalho para os estaleiros de Navantia na Baía de Cádis e na Ría de Ferrol e as empresas auxiliares. A operação gerará emprego directo, indirecto e induzido por mais de 3.100 pessoas. Deste número, mais de 1.600 empregos são induzidos

Modelo de negócio competitivo

Os navios estão se construindo em Espanha a preço do mercado internacional, para este tipo de navios, dando estabilidade à carga de trabalho de Navantia, impulsionando a criação de emprego e a indústria nacional. O presidente de Navantia, José Manuel Revolta, destacou que “hoje é um dia muito importante para Navantia e a indústria espanhola, porque duas décadas depois se voltam a construir petroleiros em nosso país”. Ele acrescentou que “a situação de carga de trabalho da empresa mudou, e está se consolidando seu processo de transformação para ser uma empresa de construção naval, competitiva e sustentável, eminentemente militar, mas também civil, internacional e com capacidade de diversificação produtiva”. Alexandre Aznar destacou o compromisso da equipe de gestão e do comitê de empresa de Navantia para avançar o projeto. O embaixador da Coreia indicou que esta colaboração hispano-coreana trará um lato benefício mútuo.

Os contratos implicam o regresso com rentabilidade económica para a empresa à construção de petroleiros após tanto tempo sem fabricar este tipo de navios. Os contratos conseguiram oferecer um produto muito competitivo, graças a um acordo com a DSEC, empresa de engenharia da Daewoo.

DSEC traz a sua experiência na construção deste tipo de navios, um desenho muito consolidado, e evita os riscos associados no início de um novo projecto. O acordo inclui todo o design e sua cadeia logística e de fornecimentos, embora sempre dando oportunidade e prioridade às empresas nacionais que ofereçam preços competitivos.

Este novo modelo de negócio permite à Navantia competir no mercado global, oferecendo um preço competitivo e um prazo adequado para as necessidades do cliente, sem os riscos associados no início de um novo projeto.

Principais características do Suezmax

Este tipo de barcos Suezmax é assim chamado porque suas dimensões lhes permitem navegar pelo Canal de Suez. Suas magnitudes mais destacadas são:

• Peso morto: 156.000 toneladas
• Eslora: 274 metros
• Manga: 48 metros
• Aço empregado: 20.144 toneladas