O nome "Joaquín Branco" leva a vela em seus genes

O nome "Joaquín Branco" leva a vela em seus genes

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Ao contrário de boa parte de esportes individuais do programa olímpico, a vela limita seu número de participantes a um navio por país e classe. Assim, à margem do Brasil, que como organizador tem uma praça garantida, no Rio 2016 apenas três países estarão representados nas dez classes olímpicas: França, Grã-Bretanha e Nova Zelândia. Por sua vez, perdida toda opção em Finn e Laser Radial, a Espanha estará em oito das dez classes. Ao se tratar de uma única praça, convém salientar que, de acordo com os critérios internos de seleção fixados pela Real Federação Espanhola de Vela, algumas de praças foram muito caras de conseguir. No Laser Radial será para Joaquín Branco Albalat que, ao ter conseguido os melhores resultados nos testes seletivos, fez sua a praça olímpica que conseguiu no mundo de 2015. Para isso tem por resolver e o fez de forma clara a pugna com os outros dois aspirantes ao Rio: Joel Rodríguez, e Jesus Rogel. Superado o caminho complexo para alcançar a nota olímpica agora, Joaquim Branco, aperfeiçoará a sua colocação em ponto com a experiência acumulada nas regatas pré-olímpicas celebradas há um ano na baía de Guanabara (1). Joaquim Branco Roca em 1977 e hoje. Joaquim Branco Albalat segue a trilha olímpica de seu pai Joaquín Branco Roca, que foi na classe Finn em Los Angeles 1984, onde acabei em quarto lugar. Naquela ocasião, penalizado nas duas primeiras regatas ficou longe dos primeiros lugares, mas em uma formidável data ganhando mesmo a última regata ficou a apenas seis pontos de conseguir a medalha de bronze. Sua palmarés conta com o mundial da classe finn em 1977, o subcampeonato em 1978 e o terceiro lugar em 1979, além de um título europeu. Sempre ligado à vela e atualmente presidente da Federação Canária de Vela(2), seus conselhos foram muito valiosos para o futuro desportivo de seu filho Joaquim. Este é o decimonoveno caso a nível espanhol que se dá no qual duas gerações de olímpicos em uma mesma família. Neste caso concreto destacam as profundas raízes familiares com este esporte. Seu tatarabuelo, de sobrenome Torrent e de orígen catalão, já era um bom navegante; seu avô paterno Joaquín Branco Torrent (3) foi o grande impulsor da vela moderna em Canárias e o descubridor de grandes e talentosos regatistas como os irmãos Doreste -sobrinos seus (4) - ou de Fernando León, que tanto deram à vela olímpica espanhola. Seu avô materno Manuel Albalat Casadó foi o fundador e secretário do Clube Vela Palamós (4). Em 1974 seu tio materno Manuel Albalat Aubiol, junto ao santanderino Toño Gorostegui, proclamou-se campeão mundial da classe 470. O único precedente na vela de pai e filho olímpicos o encontramos em Ramón Balcells e seu filho ramón Balcells Román Comas, que em Munique 1972 compartilharam barco ao ser olímpicos na classe Soling, em uma história que por certo teve muito sentido de estado. (1) Obteve o posto 21 de 38 participantes. (2) Em uma primeira etapa a presidiu de 1995 a 2005 e voltou a ser eleito em 2014. (3) Sua figura foi reconhecida dando seu nome à rua que bordea o cais esportivo de Las Palmas de Gran Canaria e à Escola de Vela situada na Praia grancanária de Porto Rico . Desde 1990 se celebra o "Memorial Joaquin Branco Torrent" para a classe Cruzeiro ORC. (4) Portanto, primos irmãos de Joaquín Branco Roca. (4) Em reconhecimento ao seu trabalho, desde 1996 o troféu ao vencedor da famosa regata “Chritsmas Race” é chamado de “Memorial Manuel Albalat” Texto: Juan Manuel Surroca @SurrocaJM

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