
Começa 2022 com uma ligeira melhoria na venda de embarcações
Começa 2022 com uma ligeira melhoria na venda de embarcações

O encerramento deste primeiro mês do ano positivo em relação à queda que experimentou o mercado náutico em janeiro de 2021 (-18%) nos faz pensar que a próxima temporada náutica se manterá positiva para o setor. São bons dados, especialmente o do mercado do chárter (alquiler), que cresce 87% em um mês de temporada baixa, o que evidencia que o mercado se arma para a próxima temporada, onde a experiência da náutica como opção de turismo continuará se dirigindo (Foto Pedro Seoane)
O mercado náutico fechou em Janeiro de 2022 com um crescimento de 1% no cálculo global de matrículas de embarcações de recreio, com 188 novos registos.
Do total de matrículas registadas durante este mês, 79% correspondem a embarcações de uso privativo e 21% a barcos destinados ao chárter náutico, sendo este último o mercado que lança comportamento mais vigoroso, pois crescem 87%, com 39 registros frente aos 21 de janeiro de 2021.
São os dados recolhidos no Relatório do mercado de embarcações de recreio. Janeiro de 2022, editado por ANEN a partir dos dados fornecidos pela Direcção-Geral da Marinha Mercante.
Destaca-se o crescimento de 53% nas matrículas de mediana eslora, entre 8 e 12 metros, seguidas das embarcações menores, entre 6 e 8 metros, que aumentam seus registros 26,5%. O resto de segmentos cai em relação ao mês de janeiro de 2021.
Eslora | 2020 | 2021 | 2022 | % 20 | % 21 | % 20/Tot. | %21/Tot. | %22/Tot. |
Até 6 m | 160 | 127 | 114 | - 28,8% | - 10,2% | 69,9% | 68, 3% | 60,6% |
De 6 a 8 m | 40 | 34 | 43 | 7, 5% | 26, 5% | 17, 5% | 18, 3% | 22,9% |
De 8 a 12 m | 21 | 15 | 23 | 9,5% | 53, 3% | 9,2% | 8,1% | 12,2% |
De 12 a 16 m | 7 | 8 | 7 | 0, 0% | - 12, 5% | 3,1% | 4,3% | 3, 7% |
Mas de 16 m | 1 | 2 | 1 | 0, 0% | - 50, 0% | 0,4% | 1,1% | 0, 5% |
Total | 229 | 186 | 188 | - 17,9% | 1,1% | 100,0% | 100,0% | 100,0% |
Continua o bom comportamento dos veleiros, cujas matrículas crescem 24% no passado mês de janeiro deste ano. Cabe destacar também em crescimento de 62,5% do mercado de embarcações pneumáticas semirrígidas.
Os navios a motor mantêm-se como os mais demandados (48% do mercado náutico) e apresentam um crescimento das suas matrículas de 1%.
A queda acentuada das motos de água, em boa parte devido à falta de suprimentos, situa-se em -32% em relação ao mês de janeiro de 2021. Também caem as embarcações pneumáticas dobráveis (-12%).
Mercado | 2020 | 2021 | 2022 | % 20 | % 21 | % 20/Tot. | %21/Tot. | %22/Tot. |
MOTOS DE ÁGUA | 43 | 34 | 23 | - 46, 5% | - 32,4% | 18,8% | 18, 3% | 12,2% |
BARCOS A MOTOR | 97 | 90 | 91 | - 6,2% | 1,1% | 42,4% | 48,4% | 48,4% |
NEUMATICAS PLEGABLES | 26 | 25 | 22 | - 15,4% | - 12, 0% | 11,4% | 13,4% | 11, 7% |
NEUMATICAS SEMIRRIGIDAS | 36 | 16 | 26 | - 27,8% | 62, 5% | 15,7% | 8,6% | 13,8% |
VELA | 27 | 21 | 26 | - 3, 7% | 23,8% | 11,8% | 11, 3% | 13,8% |
Total | 229 | 186 | 188 | - 17,9% | 1,1% | 100,0% | 100,0% | 100,0% |
O mercado de aluguer com um crescimento de 87% regista 39 matrículas de embarcações para este uso, face às 21 do mesmo mês de 2021. Sendo as esloras entre 12 e 16 metros e os veleiros as embarcações que mais crescem em matrículas no mercado do chárter.
Uma tendência, a do chárter, como base da experiência de turismo náutico que segue escalando posições entre o turismo nacional.
A Andaluzia mantém a maior parte de mercado (17,54%), no entanto caiu um -55,3% em unidades matriculadas em janeiro de 2022 em relação ao mesmo período de 2021. Em terceiro lugar, por parte de mercado, situa-se a Comunidade Valenciana (14,89%) que cresce 34,8% em embarcações de recreio matriculadas, sendo a comunidade que mais cresce. As Ilhas Baleares passam a ser a quarta Comunidade Autónoma por parte de mercado (12,77%), mas neste primeiro mês começa em negativo com uma queda de -14,3% em matrículas.
Por trás, no que diz respeito à quota de mercado, as Ilhas Canárias, Madrid e outras Comunidades estão situadas.
No mercado de chárter, a Comunidade Valenciana lidera o mercado de aluguer com 38,46% de quota, seguida das Ilhas Baleares (23%) e Andaluzia (10,25%).
C. Autónoma | 2021 | 2022 | % 2021 | % Mercado 2022 |
Andaluzia | 47 | 21 | - 55, 3% | 17,54% |
Aragão | 1 | 3 | 200% | 1,6% |
Astúrias | 1 | 1 | 0, 0% | 0, 53% |
Baleares | 28 | 24 | - 14,29% | 12, 77% |
Ilhas Canárias | 8 | 20 | 150% | 10, 64% |
Cantabria | 5 | 2 | - 60% | 1, 6% |
Castela-La Mancha | 1 | 1 | 0, 0% | 0, 53% |
Castela-Leão | 0 | 0 | 0, 0% | 0, 0% |
Catalunha | 25 | 29 | 16, 0% | 15,96% |
Ceuta e Melilla | 4 | 1 | - 75, 0% | 0, 53% |
C. Valenciana | 23 | 28 | 34,8% | 14,89% |
Estremadura | 0 | 0 | 0, 0% | 0, 0% |
Galiza | 20 | 11 | - 45, 0% | 5,85% |
La Rioja | 0 | 0 | 0, 0% | 0, 0% |
Madrid | 12 | 18 | 50, 0% | 9,57% |
Múrcia | 6 | 10 | 66, 7% | 5,32% |
Navarra | 0 | 0 | 0, 0% | 0, 0% |
País Basco | 4 | 7 | 75, 0% | 3,72% |
TOTAL | 5.404 | 7.178 | 32,8% | 100% |
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