Os «Gándara» uma lenda viva da vela galega e espanhola

Os «Gándara» uma lenda viva da vela galega e espanhola

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En el espléndido curriculo deportivo de Javier de la Gándara, el "Galicia 93-Pescanova" ocupa un lugar de honor.

No esplêndido curriculo desportivo de Javier de la Gándara, o «Galicia 93-Pescanova» ocupa um lugar de honra.

Já é difícil que um bom esportista, tenha um desafio similar a ele,..., que sejam dois é de nota,..., que sejam quatro é impossível; salvo se trate da Família Gándara. José de la Gándara e Toya se casaram nos 5o e tiveram quatro filhos homens: José, Javier, Angel e Andrés. O pai um bom navegante e empresário do setor conservero não lembra as lendárias Conservas Gándara e Haz, paradigma da qualidade?, a mãe também não pegava mal na parte esportiva, pois foi em seus anos moços uma excelente esportista de esqui naútico... onde conseguiu vitórias sonadas em competições oficiais a nível regional e nacional.

Javier de la Gándara abordo del Turismo R

Javier de la Gándara em sua dilatada regata navega em barcos de cruzeiro desde finais dos 70.

Com tais mimbres saiu o que saiu. José começou a destacar desde sua mais tenra infância, e já muito jovem fez parte da Equipe de Espanha de 420 naquele formidável Campeonato do Mundo que se celebrou em Baiona em 1977, conseguindo ser décimo absoluto. O próximo, Javier excelente otimista abordo do "Tortuga", muito bom em 420 e excelente em snipe, ainda que onde mais brillou no que a vela leve se refere nas TDV no início dos anos 80, conseguindo ser Campeão de Espanha em 1982 precisamente em sua casa, no Monte Real Club de Yates de Baiona. Javier mereceu ir à Olimpíadas, mas os burocratas e os amiguismos privaram-no do que era justiça. Angel o terceiro, muito bom regatista, também participou do referido espanhol de tabelas, e conseguiu o bronze na categoria de leves. Andrés, o gándarapitufo sempre esteve lá com sua solvência como navegante, ciência em que se iniciou muito cedo.

Joan Vila que eran el navegante con Javier de la Gándara en el Fortuna en la Vuelta al Mundo 1989-1990.

Joan Vila que eram o navegante com Javier da Gándara no Fortuna na Volta ao Mundo 1989-1990.

Com a passagem dos anos José finíssimo padrão fez parte de muitas das melhores tripulações, assim como Angel e Andrés, enquanto Javier pouco a pouco despegou atingindo cotas que ninguém jamais tinha conseguido na vela pesada e oceânica na Espanha. Primeiro navegando em barco de competição como o Lanzal ou os Easy Boys, por dar alguns exemplos. Participa na Regata Volta a Espanha que organiza Bitácora, a bordo de Banco Atlântico que ganhou a edição mais brilhante de quantas se celebraram. Com José María García Lastra, Juan Zarauza e Miguel Lago participam no Catamarán La Santa Maria 717, ganhando em sua categoria.

Posteriormente construiu com Manuel Pedro Seoane, José Cristos e Chema Ullivarri como mestre de cerimônias, o Bombay Gin Team, do qual saiu entre outros Jaime Arbones considerado um dos melhores proas do mundo na atualidade. Aqueles Bombay que começaram a tiragem com o Tony Castro 25 adquirido na Dinamarca, que participou na Quarter Ton Cup 1989 em Falmouth. Depois veio o "Meridian" projetado por Papperini que também esteve em outro Mundial, e depois o Farr One Ton "Faro Fino 3000", com o qual Gándara levou a nova ginebra de J&B então, por todos os mares de Espanha.

Su gran amigo Javier Visiers le dio alternativa con el Fortuna en 1989.

Seu grande amigo Javier Visiers lhe deu alternativa com o Fortuna em 1989.

Entretanto Javier havia chamado a atenção do grande Javier Visiers, que nem mais nem menos propõe a Gándara que seja o segundo de Jan Santana, no sentido de alternar-se na cana em diferentes etapas, na Regata Volta ao Mundo. Gándara não desperdiça a oportunidade e tem uma atuação extraordinária, com aquele recorde mundial de velocidade em monocasco (superou a barreira de 400 milhas em 24 horas) e com o salvamento de Jordi Domenech no hemisfério sul, que foi milagroso. Seu grande papel no Fortuna, vale-lhe para ocupar primeiras páginas nos jornais de toda a Espanha, e de um punhado de países,...

El día soñado, el día de la botadura d

O dia sonhado, o dia da botadura em Astilleros Armada. Na imagem, a Infanta Cristina, Manuel Fernández, Cholo Armada, Paco Quiroga e Javier da Gándara com sua tripulação à frente.

Após o Fortuna o WOR-60 «Galicia 93-Pescanova» que é construído em Astilleros Armada em Vigo sob a direção e impulso de Manuel Fernández e Francisco Quiroga. O navio com tripulação inteiramente espanhola (e em grande parte galega) ganha a mítica Fastnet Race, a Volta à Europa e é bronze na Volta ao Mundo.

A partir de aqui Javier abandona a primeira linha de alta competição, para participar em projetos mais de nível nacional, caso dos "Martín Códax", "Portos da Galiza" ou "Turismo Rías Baixas"... ou mais recentemente na classe J80 em que conseguiu numerosas vitórias e atuações muito boas com seu "Okofen"... curriculo ao que não deu pastaço final porque segue ativo; isso sim com muito trabalho em sua empresa Velas Gándara na que tem de sócio e fiel escudero ao seu irmão José, um grande tipo sem dúvida alguma.

Texto: Manuel Pedro Seoane
Fotografias: Arquivos Pescanova, Fortuna e Astilleros Armada

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