O marinheiro de luto deixou-nos Jorge Churruca um regatista exemplar, um grande presidente

O marinheiro de luto deixou-nos Jorge Churruca um regatista exemplar, um grande presidente

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Solia afirmar don Jorge... que seu Marítimo era o melhor clube de Espanha... razão não faltava... mas esta grande verdade... é graças a que o Clube de Las Arenas tem contado desde o seu nascimento, com parceiros com a enorme qualidade humana e grandes conhecimentos náuticos... como ele... sua lembrança já faz parte da história imborrável do melhor clube náutico da Espanha... O REAL CLUB MARITIMO DO ABRA-REAL SPORTING CLUB... até sempre presidente

O Real Club Marítimo do Abra-Real Sporting Club está de luto com o falecimento ontem quinta-feira de seu ex-presidente e grande regatista Jorge Churruca Barrie, que dirigiu ao Clube de Las Arenas entre 1984 e 1987... em um dos momentos mais complicados na centenária história do Marírimo.

Churruca, um regatista lendário, fez com o Machichaco a Fasnet de 1973 e 1975, esse navio inesquecível que decidiu um dia fazê-lo junto a outro grande que nos deixava anos atrás... considerado um dos padrões espanhóis de maior categoria dentro da vela pesada: João Olabarri.

Em uma entrevista realizada há algum tempo com o resposable de imprensa do Marítimo... Pérez Capetillo... Jorge contava a história deste lendário barco: Foi feito em um povo que estava ao lado de Barcelona, em Sant Adriá del Besós, nos estaleiros Carabela de um húngaro chamado Nick Kenyeres, que havia estado prisioneiro na Segunda Guerra Mundial... era um desenho Spartman & Stephen One Toner... antes, Jorge Churruca tinha estado na Inglaterra com o Artako e com o Disparate do Conde de Zubiria... competido em quatro Fasnet.: na classe III ficamos segundos no ano de 1975, quando havia dezenas e dezenas de participantes. Íamos Juan Olábarri e eu como armadores, além de entre outros Gabriel Laiseca, Álvaro Bernar, Ramón Zubiaga, José Madrazo, Luis Vallejo, Javier Cerero e o doutor Ignacio Gandarias, enfatizou.

Navegou também por todos os lugares da Espanha e ganhou bastantes das regatas celebradas no Cantábrico com outro navio muito querido, o Ay Mãe.

Relatava... tive muitos barcos. O primeiro era um que fez meu pai com seu irmão, no ático de seus pais. Tiraram-no pela janela. Era um Moth, do estilo Do It Yourself (hazlo você mesmo). Era um barco chato. Eu naveguei bastante com meu pai. Depois, estavam os Snipes. Meu irmão Ramón e eu tivemos um Snipe, assim como um Flying Dutchman e um Finn. O Galea era o Alperra como também se chamaram os Snipes. O Finn não teve nome, como o Flying Dutchman, que era um E21. Ele competia com eles também fora, em La Rochelle muito frequentemente. Os Galea começaram nos anos 1963 e 1964... rememorava quem começou a navegar de criança quando ainda não havia Escolas de Vela. Nós passamos meia vida no embarcadouro de Las Arenas. Nossa infância estava entre a praia, o embarcadouro e o Sporting, nos disse, quem fora presidente do atual Real Club Marítimo do Abra-Real Sporting Club de 1983 a 1987 “nos anos duros”, após acontecer na presidência a Carlos Castellanos. Do Clube que tanto amava dizia que este é o melhor Clube de toda a Espanha, sem dúvida alguma. Instalações como neste Club não há em nenhum lugar. Conheço todos os clubes importantes da Espanha e como este não há nenhum. Pode-se comparar com o Náutico de Barcelona, com o Náutico da Corunha, mas instalações como aqui, insisto, não há. Nosso porto, o Clube por dentro é uma maravilha, sua Escola de Vela. E falou-nos de seu Ay Mãe, com o qual ganhamos duas vezes as Cem Millas de Guetaria. E duas vezes também a Semana de Santander. O nome pus eu. O Ay Madre lhe chamemos para o tormentín, a vela pequena, porque se havia que tirá-lo dizia: ‘Ay Mãe, Ay Mãe’. Agora já não levam”.

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