
Espanha fecha sua presença no Mundial de Maratón com mais medalhas
Espanha fecha sua presença no Mundial de Maratón com mais medalhas

Ivan Alonso manteve um belo duelo com o dinamarquês Pedersen e o francês Boulanger
A Espanha reivindicou na Roménia a sua condição de potência mundial na especialidade de Maratón: sete medalhas (um de ouro; três de prata e três de bronze), amén de cinco quartos postos, é o magnífico balanço que o combinado nacional realizou nestes quatro dias de competição que durau este primeiro campeonato do mundo da citada disciplina após a pandemia.
As medalhas conquistadas na última jornada do evento por Tono Campos e Diego Romero em C2 (oro), e o tandem formado por Tania Fernández e Tania Álvarez em K2 (plata), permitiram à equipe espanhola ocupar a quarta praça no medallero geral, apenas superado pela intratável Hungria (23 medalhas, 11 delas de ouro). A Dinamarca (6) e a Ucrânia (4) figuram nessa classificação à frente dos nossos palistas, apesar de ter menos metais na sua existência, pelo facto de ter obtido mais títulos mundiais.
Houve que esperar pela jornada final deste Mundial celebrada sobre as águas do Rio Arges, a sua passagem pela cidade romena de Pitesti, para ouvir o hino patrio no pódio. O grande Tono Campos e Diego Romero não estavam dispostos a sair de vazio da terra de Drácula e fecharam sua participação mundialista com uma pré-sea dourada no C2. O dueto pertencente ao CMDC Breogán fez valer seu favoritismo para revalidar a coroa que já conseguiu dois anos em Shaoxing.

Diego Romero e Tono Campos, felizes, após pendurar a medalha de ouro como campeões do C2 masculino
Os palistas galegos mantiveram uma enconada luta pela cabeça desde o início do teste com polacos e húngaros. Campos e Romero conseguiram marcar o ritmo que mais lhes convenia e, depois de deixar para trás os magiares Kover e Horvath, puseram toda a carne no asador no trecho final para dobrar também Zuchora e Borgiel, incapazes destes de aguentar a intensidade de palada dos grovenses no sprint.
Diego Romero e Tono Campos, felizes, depois de pendurar a medalha de ouro como campeões do C2 masculino.
O dueto galaico cruzou a meta com um tempo de 1:56:34, dez segundos pela frente dos poloneses e 37 sobre o C2 magiar. Notável foi também a atuação do outro casal espanhol, Oscar Graña e José Sánchez, que obtiveram um meritório quinto posto, cruzando a linha de chegada com quase quatro minutos de desvantagem em relação aos seus compatriotas.
Esperava-se muito de Tania Fernández (Club Kayak Tudense) e de Tania Álvarez (Club Breogán), e a fé que não decepcionaram. Brilhantes concorrentes cada vez que cruzam os Pirenéus, ‘As Tanias’ lutaram até o último estertor da regata por pendurar-se o mais precioso dos metais no K2 feminino. Seu luto com as húngaras Kohalmi e Rendessy durante os 26’2 km foi titânico. Tiveram as gallegas que se conformaram finalmente com a medalha de prata, depois de atravessar a linha de meta a 5.26 segundos do dueto magiar, que deu um salto de qualidade na Roménia depois de ter sido há dois anos campeonas do mundo em categoria Júnior. O bronze foi para as sul-africanas Ward e Hockly.

Tania Álvarez e Tania Fernández festejaram por todo o alto a prata conseguida na Roménia
Para Las Tanias é a terceira medalha consecutiva que conquistam em campeonatos do mundo, tendo em conta a prata obtida no Mundial de Shaoxing 2019, e do bronze conseguido em 2018 em Vila Verde (Portugal). Por outro lado, o tandem formado por Irati Osa (Itxas-Gaia ZUIAPK) e Arantza Toledo (Club Piragüismo Cuenca com Carácter) atingiram a meta em sétima posição, com mais de quatro minutos de atraso em relação às vencedoras.
No K2 masculino, Miguel Llorens (SC e Deportiva Ribadesella) e Alberto Plaza (CP Cangas Aventura-La Llongar) ficaram às portas da medalha de bronze em um apretadíssimo final com as duas embarcações francesas e a húngara. Os galos Urban e Candy foram os mais rápidos e intensos nesses últimos metros de regata e foram atribuídos o ouro (1:59:03), superando por escassas centésimas a Boros e Erdelyi, prata; e seus compatriotas Carre e Boulanger em pouco mais de um segundo. Llorens e Plaza entraram em quarta posição a apenas 10 centésimos do bronze.
A quinze segundos do casal astur entrariam em linha de meta os galegos Miguel Fernández e José Julián Becerro (Club Fluvial O Barco), conquistando uma fantástica quinta praça, em uma prova que contou com 25 embarcações na linha de saída. Por último, o casal Spas Dimitrov-Sergio Pereda ocupou o lugar 16a no K2 Júnior, um posto pela frente de Unai Amostegi e Martín Miranda.
Em resumo, o medallero espanhol no Mundial romeno foi repartido da seguinte maneira: Ouro para Tono Campos e Diego Romero em C2. Prata para Tania Fernández e Tania Álvarez em K2; Ivan Alonso Lage em K1; e Jaime Duro em C1 sub 23. Por último, os três bronzes foram adjudicados Ivan Lage (K1 curto); Dani Grijalba (C1 júnior) e novamente o palista de Aranjuez em C2 categoria júnior, ex aequo com seu companheiro Juan Gómez.
O palista leonês do Oviedo Kayak-La Ribera e seus companheiros Marcos González e Manuel Freire, ambos pertencentes ao Club Fluvial O Barco, participaram durante o fim de semana na Copa do Mundo de Treignac (França), última prova da temporada na disciplina de descida em águas bravas. Fidalgo não conseguiu tirar a espinha do Europeu disputado este verão no canal Sabero-Alejico, conseguindo sua melhor atuação na modalidade mass-start, onde acabou em nona posição. Na prova clássica seria duodécimo, a minuto e quinze segundos do atual campeão continental, o galo Maxence Barouh.
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