Amanhã a frota segue subindo pela costa galega direção norte, iniciando o periplo pela Costa da Morte desde Muros até Camariñas, em um percurso de 35 milhas náuticas (Foto Luis Fraguas)

Às nove da manhã zarpavam dos pantalanes do Liceu Marítimo de Bouzas, a frota que este ano faz parte da XI Rota Marítima O Cavaeiro das Cunchas, com a proa colocada para o norte para, após 42 milhas náuticas de navegação, chegar ao seu primeiro destino, Muros, onde pernoctarão esta noite.

Com sete jornadas de mar, e a peregrinação a pé desde o Alto do Milladoiro até Santiago, a Rota inicia uma edição especial, ao não poder ser realizada no ano passado, e com a sempre cautela de manter as medidas de segurança, não apenas as próprias derivadas da navegação, mas também as marcadas pelas autoridades quanto à precaução e higiene sanitária na prevenção da Covid-19.

A Delegada da Xunta de Galiza em Vigo, Marta Fernández-Tapias será a encarregada de realizar a oferta perante o Apóstolo Santiago no próximo 6 de agosto, na Missa organizada pelo Deán da Catedral aos peregrinos de O Cavaeiro das Cunchas, e na qual se poderá ver o sempre espetacular balanço do grande Botafumeiro.

Saímos do Liceo Marítimo com muita ilusão de voltar a iniciar a Rota do Cavalo das Cunchas, após um ano parados por esta pandemia, comentava Javier Grande, presidente da Associação dos Amigos da Rota de O Cavaeiro das Cunchas. Navegamos a motor pela Ría de Vigo para sair por fora de Ons e pegar o vento que nos permitisse abrir maior e foque. À altura do Faro de Corrubedo entrou um vento no nordeste, o que nos permitiu navegar a uma velocidade de quase 7 nós em ceñida, com rumo direto a Muros. Boa mar e no fim do dia nos acompanhou, terminava dizendo Grande.

A Rota Marítima Jacobea O Cavaleiro das Cunchas, patrocinada pelo Plano Xacobeo 21-22, conta com a colaboração da Fundação Traslatio, que promove a Rota dos Grandes Veleros em 2022, desde Haifa.