
A aventura de atravessar o Atlântico a vela.
A aventura de atravessar o Atlântico a vela.
No final do século XV Cristóvão Colombo abriu uma nova rota marítima que desde o início da náutica esportiva, tem estado e está presente como desafio para muitos navegantes. Às Canárias do Novo Continente separam-lhe aproximadamente 2.800 milhas náuticas. O completar a aventura pode supor entre 20 e 35 dias, em condições normais de vento e mar, se a época do ano for adequadamente escolheda em que os alisios estão em forma.
Os que apostam na aventura são milhares (se fala ainda de mais de 4.000 yates por temporada), e obviamente após recalar em portos das províncias andaluzas de Huelva ou Cádiz iniciam o periplo cara a completar o prelúdio de seu feito marinera: alcançar as Ilhas Canárias, de onde darão dias depois o salto ao lendário Caribe.
Teóricamente as correntes e os alisios formam uma espécie de auto-estrada de mais de cinco milhares de quilômetros, mas nem sempre todo é prazer e diversão, pois os temporais podem aparecer e farão que a navegação não seja tudo o prazer que pareça em princípio. Nos anos 80 na Rota do Descobrimento participou entre outros navios, o catamarão galego "La Santa Maria" que tinha José María García Lastra como padrão, bem como Javier de la Gándara, Juan Zarauza e Miguel Lago. A última parte da rota foi especialmente dura, em meio a um ciclone com ventos huracanados e ondas de mais de oito metros.
Por tudo isso não são poucos os navegantes que apostam em fazer a travessia em "conserva", bem em expedições pactadas ou participando em regatas de caráter oceânico, como pode ser a Atlantic Rally for Cruiser que começa no mês de novembro no porto de Las Palmas e que conduz à bellíssima ilha de Santa Lúcia. Outra das concentrações competitivas é a Regata Grande Prix do Atlântico que desde 1996 organiza a Revista Skipper com Henrique e Siga Curt ao comando.

Henrique Curt levando seu braço direito após atravessar a linha de chegada em Porto do Rei. O veterano navegante e empresário catalão é essencial para entender a náutica nas últimas décadas (Foto Skipper)
Em nona edição realizada este ano nos meses de janeiro e fevereiro, foi proclamado vencedor o navio mallorquín «Carat» (Swan 44r) armado por Amador Magraner do Real Club Náutico Port Pollença.
© 2024 Nautica Digital Europe - www.nauticadigital.eu