Astander, Freire e Maiorca estudam aplicar o hidrogênio verde para o fornecimento elétrico

Astander, Freire e Maiorca estudam aplicar o hidrogênio verde para o fornecimento elétrico

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Prototipo de una planta de hidrógeno verde, alimentado por un parque eólico marino, proyectado por la belga Tractebel en una imagen de esta empresa

Protótipo de uma planta de hidrogênio verde, alimentado por um parque eólico marinho, projetado pela belga Tractebel em uma imagem desta empresa

Três estaleiros espanhóis, entre os quais se encontra Astander, estão executando um estudo de viabilidade para desenvolver um sistema inovador de abastecimento elétrico graças à exploração do hidrogênio verde... Construções P. Freire de Bouzas-Vigo, Astilleros de Santander e Astilleros de Maiorca, com o apoio da Fundação Centro Tecnológico SOERMAR, trabalham já no desenho conceitual avançado de um conjunto de produção e armazenamento de hidrogênio que alimentará uma pilha de combustível para a geração de energia... uma abordagem completamente que conta com o apoio da Direcção-Geral da Indústria e da Pequena e Mediana Empresa do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo.

Se as conclusões deste estudo fossem concretizadas, os estaleiros participantes cobririam parte da sua procura energética com energia limpa produzida a partir de uma fonte renovável, barata e ilimitada. Na verdade, a tomada de decisões seria facilitada para melhorar a sua eficiência elétrica e contribuiria para recudir a sua pegada ambiental. Deste modo, o desejo e o compromisso de cumprir as premissas ambientais estabelecidas na Agenda 2030 da União Europeia são manifestos.

Atualmente, os pesquisadores estão analisando os diferentes métodos de produção e de armazenamento, bem como a própria pilha de combustível, a fim de realizar a seleção óptima do conjunto. Além disso, com base em técnicas de aproveitamento térmico, pretende-se utilizar o calor residual do conjunto para os sistemas de saúde e HVAC (calefação, ventilação e ar condicionado) destas instalações.

O hidrogênio é um elemento químico que se encontra naturalmente no ambiente (forma parte da molécula da água), que atesora uma grande capacidade energética e cuja exploração como fonte de energia pode ser 100% limpa. De fato, os geradores que consomem hidrogênio, também conhecidos como pilhas de combustível, apenas deixam água destilada como resíduo. Esta investigação constituirá um grande salto a nível europeu e internacional em matéria de eficiência. Graças a ela, os estaleiros participantes gerarão amplos conhecimentos relacionados aos combustíveis alternativos. Uma circunstância que lhes permitirá colocar-se na vanguarda europeia na utilização desta tecnologia como fonte energética.

Embora a sua utilização na indústria marítima ainda esteja em uma fase muito incipiente, a versatilidade que oferece o hidrogênio como vetor energético torna-o na alternativa mais interessante para acelerar os processos de descarbonização dentro do sector. Na verdade, os sistemas de propulsão que exploram o desempenho energético deste elemento são considerados uma das soluções de futuro mais promissoras para a eliminação das emissões de gases com efeito de estufa dos transportes marítimos.

Assim se revelou durante a jornada “O Hidrógeno como combustível do futuro. Retos e oportunidades a indústria” que organizou o Clúster Marítimo de Cantabria há alguns meses. O evento contou com cerca de 70 participantes, o que constata o interesse das indústrias cántabras do setor azul por esta tecnologia.

A urgência ambiental de reduzir as emissões de gases com efeito de estufa a partir do oceano e a pressão exercida por regulamentações internacionais, como a IMO 2020, têm motivado uma sensibilidade especial da indústria marítima de carne neste aspecto. Não em vão, destacou anteriormente por aplicar boas práticas no desenvolvimento de estruturas energéticas offshore, gás natural liquefeito (GNL), sistemas de depuração de emissões ou scrubbers, bem como sistemas de propulsão autónomos assistidos ou velas rígidas.

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