O Covid19 destrói as estatísticas de matrículas baixas até Maio de 43 pontos

O Covid19 destrói as estatísticas de matrículas baixas até Maio de 43 pontos

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Las cifras de matriculaciones en la banda de 8 a 12 metros las menos perjudicadas (Foto Pedro Seoane)

Os números de matrículas na banda de 8 a 12 metros são menos prejudicados (Foto Pedro Seoane)

O mercado náutico continua a cair em consequência da crise sanitária do Covid-19. No mês de maio, já no início da temporada náutica, os dados seguem com quedas alarmantes no número de matrículas: -54,16% no mês de maio e -43,23% no acumulado do ano. Foram matriculadas na Espanha 1.400 embarcações de recreio contra as 2.466 registadas no mesmo período do ano passado

O aluguel de embarcações também sofre de forma acusada as consequências da pandemia, com quedas de -71,38% no mês de maio e do -55,44% no acumulado do ano. No período analisado (emero-Maio 2020) foram registados 307 matrículas de embarcações para utilização de aluguer em comparação com 689 matrículas no mesmo período de 2019.

São os dados recolhidos no relatório do mercado de embarcações de recreio relativo ao período de Janeiro-Maio de 2020, editado por ANEN a partir dos dados fornecidos pela Direcção-Geral da Marinha Mercante.

“O setor náutico está lutando com todo o seu potencial para impulsionar o turismo náutico como proposta segura de férias para este verão, mas precisamos do apoio da Administração, não só no ponto econômico mas também a nível de promoção para que se incluam as atividades náuticas nas campanhas institucionais de turismo, que previsivelmente se reativará desde meados de junho”, declara Carlos Sanlorenzo, secretário-geral da patronal ANEN.

Desde que se decretou o estado de alarme, o setor náutico, sob o guarda-chuva da patronal ANEN, está em conversações com as administrações competentes. Por um lado, foram solicitadas medidas fiscais ao Governo para incentivar o consumo da náutica de recreio como actividade turística e geradora de emprego. Entre estas medidas, é de salientar a redução do IVA geral para as actividades náuticas, apoios para as instalações náuticos-deportivas, tais como a redução, a isenção ou a bonificação das taxas, bem como a aplicação de uma tributação em conformidade com uma actividade directamente ligada ao turismo como é a que desenvolvem estas instalações.

Além disso, ANEN apresentou um Plano para o Desenvolvimento do Turismo Náutico à Secretaria de Estado do Turismo, “que está sendo estudado neste momento tanto pela Secretaria de Estado do Turismo como por parte da Turespaña e sobre o qual confiamos em ter notícias em breve e que nossas propostas de atividades náuticas façam parte dessa oferta global de turismo que podem ser desfrutadas no nosso país”, comenta Carlos Sanlorenzo.

Salvo as esloras entre 8 e 12 metros que crescem 6,9% no acumulado do ano, os outros segmentos caem: as esloras até 8 metros caem uma média de -42% (representam 85,5% do mercado), o segmento entre 12 e 16 metros cai um -39,8% e as esloras maiores de 16 metros são as que dão pior resultado (-52%).

Por tipologia de embarcações, a maior queda a experimentam novamente as matrículas de embarcações pneumáticas semirrígidas (-58,4%), seguidas das pneumáticas dobráveis (-48,4), os barcos a motor (-46,7%), as motos de água (-31%) e a vela (-28%).

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