Poyán presidente da Madrileña de Vela: iniciaremos a atividade com calma e prudência

Poyán presidente da Madrileña de Vela: iniciaremos a atividade com calma e prudência

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Poyán también se lamenta de los daños irreparables ocasionados por el Covid-19 con la pérdida de tantas vidas, muchos de ellos amigos (Foto Pep Portas)

Poyán lamenta os danos irreparáveis causados pelo Covid-19 com a perda de tantas vidas, muitos deles amigos (Foto Pep Portas)

O presidente da Federação Madrileña de Vela, Guilherme Poyán, quando ainda a Comunidade de Madrid ainda não pôde iniciar a desescalada, pois segue na «Fase 0», nos aproxima seu ponto de vista sobre a pandemia e de como esta afectou todos os níveis ao ente federativo...

Pouco a pouco veremos a luz no final do túnel, como foi e viveu este confinamento?

Mal e ainda seguimos na Fase 0. O desejo de todos é que esta pandemia, que causou muitos e graves problemas a todos os níveis, ressaltando as muitas vidas que se perderam, alguns desportistas pertencentes a clubes do nosso ambiente, o que nos causa grande tristeza, ao que devemos acrescentar os milhares de contágios, muitos são amigos, regatistas e líderes de clubes e federações que estiveram internados, embora felizmente já estejam em suas casas acabando de se recuperar, acabe ou passe o mais rapidamente possível e possamos voltar a uma pequena mas estável normalidade.

Como tem afetado e afeta esta situação à Federação Madrileña de Vela?

Um confinamento não é agradável para ninguém, e se o apólamos com crise financeira e de saúde muito profunda, sem sintomas de saber como vai acabar, ainda pior. A federação não deixa de ser uma vítima mais do dia a dia do que naquele momento vive não só Espanha, mas grande parte do universo. A parada esportiva do nosso esporte, assim como o administrativo, tem sido e é muito prejudicial para nós, embora suponho que para todos, sem quase exceção, o não emitir licenças, exames para titulações, cursos para iniciação à vela, nos produz uma merma importantíssima em nossas receitas, coisa que já no ano passado com a falta de água nos nossos embalses nos tinha prejudicado, tanto ao ter que suspender provas, como a Semana da Vela, com um importante patrocinador, como de diversos cursos já programados com esportista de um clube madrilenho com o que tínhamos um acordo. Este ano como já falei, a inatividade é total. Não conseguimos celebrar a nossa Assembleia Geral, não conseguimos pôr em prática o sistema eleitoral e não sabemos que mais nos pode passar.

As obras no Centro de Vela, no embalse de San Juan, que já estavam quase a ponto de terminar, vão se retomar em breve?

As obras do nosso Centro de Vela estão praticamente finalizadas, ficam pequenos detalhes, entre eles e o principal a falta de financiamento. O Director de Esportes da Comunidade de Madrid, Alberto Álvarez, juntamente com a sua equipa, estiveram no final de Janeiro conhecendo as instalações e deram todo o seu apoio, entendendo o interessante que um centro assim supõe para Madrid, mas as circunstâncias sobrevendas têm tudo paralisado, menos a nossa ilusão. O construtor, ao qual estamos muito gratos, nos prometeu com a chegada do bom tempo rematar as obras à espera de encontrarmos financiamento final para as mesmas. Além disso, e por parte da Câmara Municipal de San Martin, temos o seu apoio depois de várias reuniões, já que nas eleições de há um ano houve uma mudança de partido na prefeitura e só pudemos falar acima de sua colaboração, e finalmente contamos com ela.

Foi possível verificar que, tanto em Guadalix como em San Juan e em outros reservatórios, a qualidade e nível da água é muito bom para a navegação. Supõe isso uma pequena alegria e alívio após os enormes problemas ocasionados pelo Covid-19?

A água em todas as Comunidades do Interior da nossa Península é básica para o nosso esporte, o ter um bom nível da mesma supõe ter maior conforto para sua prática, por isso estamos satisfeitos, mas o problema da Comunidade de Madrid, em particular, é que 95% dos seus praticantes vivemos em Madrid capital ou em populações limítrofes, mas não coincidentes com os municípios aos quais pertencem as instalações esportivas e os embalses, o que unido à proibição de não poder sair do seu município, pelo menos pelo momento, ,nos produz maior pessimismo, pois ao ver esse nível e não poder navegar se faz muito mais traumático, embora ainda haja muito tempo e a ver o que acontece.

Como vai gerir a Federação a desescalada e o retorno às atividades?

Pois com calma e à espera de acontecimentos.

Madrid Azul e outras campanhas escolares de verão previstas para este 2020, como vão se articular, se podem fazer?

O Madrid Azul este ano foi suspenso pela Comunidade, tendo em conta as circunstâncias, as escolas estão sem classes e como consequências sem alunos, que acima não podem ser deslocadas. O partido económico para nós é inquestionável e esperamos que, se depois de agosto a água não tiver baixado muito, poder fazer alguma atividade extra-escolar e ver se pode recuperar algo, mas...

Esta pandemia afectou a estrutura económica da federação?

Com o que te disse antes, sem dúvida, já nos tinha afetado no ano passado, e agora foi um pouco o remate.

A nível global, como vê o retorno à atividade do esporte da vela?

A nível geral há de tudo. No âmbito internacional, os Jogos Olímpicos, as aulas suspenderam os seus mundiais, europeus, regatas internacionais e inúmeros clubes suspenderam as suas competições de referência até à data, a verdade não sei o que pode ser confirmado com certeza hoje. Esperamos que, em Agosto, aponha uma mudança.

Na mesma linha de globalização, já que está muito ligado ao setor náutico, além dos clubes e federações, como tem afetado esta pandemia e a que nível e como vai ser a recuperação?

Bem, a empresa em que colaborava como consultor fez um ERTE para uma parte do modelo, alguns produtos deixaram de trabalhar como uma grande maioria que terá de se reciclar e procurar novas alternativas, se quiser sobreviver, eu o desejo com todo meu carinho.

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