Com o Milmi chegou a revolução à vela (1a Entrega)
Com o Milmi chegou a revolução à vela (1a Entrega)
Com o Milmi chegou a revolução à vela (1a Entrega)
Falamos de 1985 estamos em Baiona... o contramaestre do Monte Real Club de Yates filtra que há um jornalista muito importante no Club, um periodista de Televisão Espanhola!...amigo nada menos que do lendário Tomás Zardoya!... o tal jornalista era José Luis Suevos... que ao pouco tempo seria conhecido como o Milmi, por obra e graça da conha marinera de Pablo Retolaza "Púas" que assim o batizava.
Suevos não parava de falar e falar... daquela era sócio do notável jornalista (este de verdade) Pedro Pablo Parrado e se orgulhava de que organizava a Liga de Balonmano, com a Espanhola... o que era certo... com sua empresa Publibalonmano... e que além de ser imensamente rico, era amigo pessoal do inesquecível Jesus Gil, ahijado de Francisco Sitges (o mau para o Milmi, é que um dia coincidiu com o empresário asturiano no Clube de Yates e não sabia onde se meter) e sobrinho de Suevos, o lendário prefeito de Madrid e diretor geral de RTVE... o que soava a possível farol.
Naquele distante ano de 1985 valeu ao gijonês para colocar sua primeira pedra, do que acabaria sendo todo um império da vela... participou a bordo do "Roda" um cruzeirote, com Manolito Riera, Domínguez Blein e de Manolo Corrales que era o armador... na Regata Rías Baixas...
Suevos se queixou airadamente no sentido de que o "Roda" era um caldero, e por isso no ano seguinte apareceu com um navio de 10 metros (um Dione 98) participando com seus amigos no Rías novamente... o ruim é que ficou demonstrado que as carências não só eram do navio... mas de qualidade regateira de sua tripulação, discretilha desportivamente falando...
Enfurecido disse que vendia o Dione que "que era muito lento" (por certo muito baixo de preço, a preço de ganga) aparecendo comprador de imediato na mesma barra do Monte Real... que se ofereceu a dar um sinal... mas Suevos disse que não, que não havia problema que se falava entre senhores... que o comprador o usoua (le entregou as chaves do navio) e que quando voltasse a Baiona fechariam a operação... o curioso é que o Milmi não dava sinais de vida nos dias posteriores... e ante a surpresa de todos, um caminhão contratado por uma empresa de charter catalã apareceu sem avisar uma manhã no Clube de Yates e levou o Dione... pois aparentemente estava simplesmente alugado...
Mas tudo mudou em 1987... pois José Luis Suevos que não lhe havia dado importância alguma à vela, mais que o farde, o presumir, o ostentar ou o passar bem... ficava prendado da então líder das regatas espanholas de cruzeiros do norte e noroeste: a Regata General Optica, e sua participação neste mundillo da vela... deu um giro de 180 graus... mas isso merece uma nova entrega...
(continuar)
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