
Após 60 anos como desportista e dirigente, José Perurera emblema de ouro da RFE Piragüismo
Após 60 anos como desportista e dirigente, José Perurera emblema de ouro da RFE Piragüismo
O presidente da Real Federação Espanhola de Piragüismo, Juan José Román Mangas, impôs a distinção concedida por unanimidade pela Junta Directiva ao Perurena durante o jantar oficial celebrada ontem pelo máximo órgão da Federação Internacional de Piragüismo, que estes dias se reúne em Barcelona. Além disso, têm assistido o presidente do COE, Alejandro Blanco; o diretor do Consell Catalá d’Esports, Antoni Reig, e o vereador de Esportes da Prefeitura de Barcelona, David Escudé.
«Llevo 60 anos ligado ao piragüismo», tem apontado Perurena, cujo primeiro vínculo foi como palista aos 15 anos, faceta na que, entre outros resultados, destacam ter sido integrante do K4 olímpico espanhol no México 68 e vencedor do Descenso Internacional do Sella em 1964 formando casal em K2 junto a Pedro Cuesta. Como dirigente, presidiu a Federação Espanhola de Piragüismo no período 1984-2000, tornando-se o terceiro regidor desta entidade, após Hernando Calleja e Manuel Fonseca. Também foi membro do Comitê Olímpico Internacional desde 2011 a 2019 e presidente dos Jogos Mundiales desde 2014.
No balanço de seu mandato destaca o impulso na igualdade entre homens e mulheres ao conseguir o mesmo número de medalhas para Tóquio, bem como a presença feminina em todos os comitês além de uma vice-presidente da ICF; também ter dado «seriedade» às disciplinas não olímpicas do piragüismo - só o são esprint e eslalon -, que para muitas federações eram «secundárias e ter feito uma boa equipe».
Sostem que o piragüismo espanhol “nunca esteve” como neste momento, enfatizou Perurena, que foi presidente da Nacional durante 16 anos, e que destaca “Como está agora este esporte, que sobressai em esprint, eslalon, maratona, caiaque de mar, caiaque polo. Em todas as disciplinas conta com grandes atletas. É a segunda federação mais importante no mundo, nunca se tinha chegado a esses níveis. É algo incrível, não digo isso como um comentário político, no mundo do piragüismo as pessoas se perguntam o que a Espanha está fazendo bem para obter os resultados que tem”.
Em sua opinião, os sucessos do piragüismo espanhol no âmbito internacional começaram com o título mundial alcançado em 1975 pelo icónico K4 integrado por Herminio Menéndez, Luis Gregorio Ramos Misioné, José María Esteban Celorrio e José Ramón López Díaz-Flor, a embarcação que no ano seguinte se proclamou subcampeona olímpica em Montreal 76. “O importante é criar a estrutura necessária para que um ano depois de outro se venham produzindo bons resultados”, reflete o dirigente, que destaca os sucessos encadeados em “todos os campeonatos do mundo juveniles” bem como os marcos que marcam Teresa Portela, que em Tóquio alcançará seus sextos JJOO; as 5 medalhas olímpicas que atesora David Cal, que lhe convertem no esportista espanhol com mais preseas; ou as 4 que tem Saul Craviotto, possuidor do melhor palmarés dos possíveis participantes na citação nipona.
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