
A vela espanhola surpreendida ante as decisões erráticas de Julia Casanova
A vela espanhola surpreendida ante as decisões erráticas de Julia Casanova

A Federação Balear de Vela em seu Gala Anual repartiu 47 diplomas e 30 troféus correspondentes a 124 pódios em campeonatos e Copas de Espanha, e 23 em mundiais e europeus, a maior colheita de medalhas da história da vela balear
Clamor na Vela Espanhola, e eco de muitos meios de comunicação... e é que quase ninguém se explica como a presidente da Real Federação Espanhola de Vela pôde se meter em lío... com as Olimpíadas de Tóquio à vista.
Algo soa mal em tudo isto... primeiro nunca compreenderemos a maioria como esta senhora, Julia Casanova, que era uma perfeita desconhecida para a vela espanhola se fizesse com a poltrona federativa... somente se supõemos que a oposão do anterior José Angel Rodríguez... a escolheu como mero "monigote", como um personagem de palha... ao que o dirigiriam como lhes desse a ganha ao grupo de poder.
É claro que foi assim, mas a senhora de Santander os salio não sapo... mas o seguinte. Ante a surpresa geral levou a sede à capital cántabra, tão bela cidade como desconfortável para poder acolher a cúpula da vela... enfrentando todo mundo... com denúncias pela via legal incluídas.
Sem entrar em outros temas escabrosos, a última é a gota que preencher o copo... primeiro a demissão do presidente do Real Club Náutico de Palma, que era seu vice-presidente... Javier Sanz... e agora de um dos personagens com maior prestígio e valia da vela nacional... que também é o presidente da mais importante Federação do nosso país: Chimo González Devesa...
A que é que a madame joga??, quem a apoia, e que é a estratégia que segue... vão saber vocês!... Estes são alguns comentários de diferentes instituições e meios sobre este soberano lío:
16/ENE/2020 - Federação Espanhola de Vela
Julia Casanova, presidente da Real Federação Espanhola de Vela recebeu hoje a carta de demissão de Javier Sanz, até agora vice-presidente econômico da Federação. A equipe da Real Federação Espanhola de Vela agradece a Javier Sanz o trabalho realizado por avançar a Federação desde sua incorporação, após a moção de censura em outubro de 2015.
23/ENE/2020 - Federação Balear de Vela
Joaquim González Devesa enviou uma carta à presidente da RFEV, Julia Casanova, com cópia à junta directiva e também à da Federação Balear de Vela, onde mostra sua surpresa pela sua cessação como vice-presidente desportivo da Federação Espanhola.
31/ENE/2020 - Clubes Náuticos de Baleares
A Associação de Clubes Náuticos de Baleares manifestou sua -profunda preocupação - pela crise que atravessa a Real Federação Espanhola de Vela na sequência da destituição -inopinada - de seu vice-presidente desportivo, Joaquín González Devesa, a cinco meses dos Jogos Olímpicos de Tóquio, semanas após a demissão como vice-presidente econômico de Javier Sanz, e têm assegurado que esta decisão tem -todo o aspecto de ser uma manobra encaminhada a eliminar qualquer rastro da vela balear do ente federativo.
A crise que se gerou recentemente mais de um ano pela destituição do diretor de preparação olímpica Asier Fernández de Bobadilla, acabou de revendar, em caso de dimissões e cessação... Sanz e González Devesa não tinham que ter permitido esta situação, tinham que ter sido eles os que se tivessem ido antes de serem convidados a sair pela presidente, a julgamento de Jaume Soler conhecido jornalista catalão, especializado na náutica esportiva. Esses comentários foram publicados pela muito prestigiosa web Iusport, comentários compartilhados por numerosos meios de comunicação de toda Espanha e altas personalidades da vela.
Continua Soler... na última Assembleia Sanz defendeu as contas de 2019 mas já não expôs o orçamento de 2020, mas já o fez o homem de confiança da presidente, o diretor geral. Mas González Devesa explicou o plano esportivo de cara a este ano olímpico.
Os que eram a mão direita e esquerda de Casanova já estão fora da federação, e Casanova já tem via livre. De todas as pessoas que ajudaram a chegar ao poder através primeiro da moção de censura contra José Ángel Rodríguez e depois nas eleições com Jesus Turró, já não resta nenhum ao redor.
Agora com a sede federativa transferida para Santander e com Madrid eliminada do mapa, Casanova já tem concentrado todo o poder e sem aparentemente ninguém que possa fazer sombra.
Na semana passada, com a marcha de Sanz, se via vir que se poderia precipitar mais as coisas, é mais os rumores de que Chimo também tinha a porta de saída aberta acabaram de confirmar esta terça-feira dia 21 de janeiro quando Casanova comunicava Chimo González Devesa de que também não contava com ele.
A Casanova atua por impulsos tanto com o pessoal como viu-se agora mesmo com os que chegaram a ser seus homens fortes e de total confiança. Veremos como a cúpula federativa é reorganizada e quem assume as direções econômicas e esportivas, e se os políticos ou os técnicos o fazem. O que ficou claro é que quem manda sem escrúpulos é ela.
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