"Argos" ganhou no Clube de Mar de Palma a "regata de clássicos" mais importante de Espanha

"Argos" ganhou no Clube de Mar de Palma a "regata de clássicos" mais importante de Espanha

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"Bárbara Trilling" se impuso con autoridad en la categoría de Clásicos... "Lady Anne" (FI15), "Kelpie" (Cangreja), Rowdy (Bermudiana) y "Orion" (RI Clásico) completan el cuadro de honor de la edición con más participantes de la historia (Foto Nico Martínez)

«Bárbara Trilling» foi imposta na categoria de Clássicos... «Lady Anne» (FI15), «Kelpie» (Cangreja), Rowdy (Bermudiana) e «Orion» (RI Clássico) completam o quadro de honra da edição com mais participantes da história (Foto Nico Martínez)

A Regata Illes Balears Clàssics, organizada pelo Clube de Mar Maiorca com a participação de 50 navios de 11 países, colocou ontem ponto final à melhor edição de sua história após outra jornada de meteorologia anómala na Baía de Palma.

Os vencedores, após três dias, foram The Lady Anne, de Gonzalo Botín (FI15); Kelpie, de Pelham Olive (Época Cangreja); Rowdy, de Timothy Goodbody (Época Bermudiano); Argos, de Bárbara Trilling (Clásicos), e Orion, de Tiffany Blackman (RI Clássicos).

O Lady Anne (1912), patroneado por Gonzalo Botín, se adjudicou sua terceira vitória parcial sobre um total de quatro mangas (foi segundo na restante) e sellou seu triunfo na classe rainha da Illes Balears Clàssics, onde um ano mais se deram cita as quatro embarcações sobreviventes da “fórmula 1” do mar do início do século XX. A segunda posição foi para o Mariska (1908), de Niels Christian, vencedor da edição do ano passado, que hoje cedeu três minutos em relação ao líder. O Hispânia (1909), armado pela Fundação Ilha Ebusitana, acabou pagando cara a queda de um tripulante à água na primeira jornada e teve que se conformar com a terceira praça da general, seguido, em última posição, do Tuiga, navio emblema do Yacht Club de Mónaco, que em nenhum momento deu amostras de estar na corrida pelo triunfo.

Na classe Época Cangreja (barcos botados antes de 1950 com aparelho trapezoidal), o Kelpie, um desenho de Alfred Mylne botado em 1903 em Southampton, foi exibido com três primeiros lugares (por outras tantas regatas) em uma classe onde a competição era teoricamente dura. No entanto, o alemão Marigan (1898), de Tim Liesenhof, que obteve a segunda praça, e o maltés Moonbeam IV (1914), terceiro, não ofereceram apenas resistência ao cutter britânico, que navegou sempre na vanguarda da frota. Um exemplo desta superioridade são os 12 e 24 minutos que o barco de Olive tirou ontem ao Moombeam e ao Marigan, respectivamente.

A luta mais fechada pelo triunfo se viveu na classe Época Bermudiana (barcos construídos entre 1950 e 1975), onde o NY49 Rowdy (1916), um desenho de Herrenshoff armado por Timothy Goodbody, conseguiu superar os três modelos de German Frers vindos da Argentina e Uruguai. A classificação final mostra um empate a seis pontos entre o Rowdy e o Cippino II (1949), o qual se deshizo em virtude do maior número de primeiros postos da embarcação britânica (2). Em terceira posição, a apenas um ponto dos dois primeiros, situava-se o Fjord III (1947), de Scott Perry, em representação do Yacht Club do Uruguai. O Cippino tinha tudo de cara para revalidar seu triunfo do ano passado, mas foi afetado por uma encalmada enquanto sua tripulação contemplava atónita como, a pouca distância, seus rivais ainda avançavam na linha de chegada.

O grande triunfador da XXIV Regata Illes Balears Clàssics foi o Argos (1964), um desenho de Holman construído nos estaleiros Carabela, vencedor na categoria de Clássicos e do Prêmio Especial Club de Mar, ao ser o participante com maior número de primeiros no grupo com mais inscritos (10). O barco de Bárbara Trilling, que navega com pavilhão espanhol e em representação do New York Yacht Club, se adjudicou as três mangas de sua classe. Navegou sempre em cabeça da frota e obteve rendas holgadas após a compensação de tempos nas três jornadas. O Giraldilla (1963), de Valle de la Riva, despideu-se com uma vitória em tempo real e o subcampeonato da IB Classics. Yanira, patroneado por Pepe Negrete, competiu a um grande nível, mas teve que se conformar com a terceira posição.

Em RI Clássicos repetiu sua vitória do ano passado o Orión (1972), de Tiffany Blackman, que ganhou os três testes, mas não pôde optar pelo prêmio absoluto ao ser menor a competição em sua categoria. O Tichyi Don (1981), de Eugeny Panevin, conseguiu a segunda praça, seguido do Munga (1971).

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