Ilhas Cis, o paraíso do noroeste espanhol.

Ilhas Cis, o paraíso do noroeste espanhol.

Nautica Digital Europe Destacado Natureza Turismo

As Ilhas Cis, pertencem ao Parque das Ilhas Atlânticas, em plenas Rías Baixas da Galiza, que se estendem desde a Ría de Arousa até a de Vigo, emergindo do Oceano Atlântico, e à par que embelezam a paisagem marinha com a magia de suas falésias, formam umas escolleras da natureza que protegem as rias favorecendo sua riqueza e sua biodiversidade.

Praia de Rodes na Ilha Norte das Cis.

Nas suas entranhas, no fundo do mar, guardam-se as mais preciadas riquezas ecológicas deste Parque Nacional, guardadas pelos canhões dos antigos navios aqui afundados. É sem dúvida um lugar onde descobrir os mistérios e lendas do Atlântico. Representa sistemas naturais ligados a zonas costeiras e plataforma continental da Região Eurosiberiana. Os penhascos, os matorrais, as dunas e as praias, bem como os diferentes fundos marinhos (de rocha, de areia, de concha...) criam um grande mosaico de ecossistemas nestas ilhas e as águas que os rodeiam.

Esta variedade de cenários dá lugar a um grande número de espécies: mais de 200 tipos de algas entre as quais se refugiam e criam grande quantidade de peixes e moluscos, aves marinhas que aninham nas repisas dos penhascos e pescam nas águas pouco profundas, plantas surpreendentemente adaptadas a viver entre as areias das dunas ou nas estreitas fendas dos penhascos... A conservação destes valores naturais é um desafio em que todos devemos participar.

Nas Cís encontraram-se úteis atribuíveis ao Mesolítico (faz cerca de 10.000 anos) mas ainda não foram encontrados restos das etapas pré-históricas seguinte (Neolítico, Megalítico e Calcolítico). O primeiro assentamento de que temos claras evidências é o povoado castreño da Idade de Ferro situado na ladeira ocidental do Monte Faro (na Ilha Norte). Está datado entre os anos 600 e 100 a.C. Os habitantes deste povoado se alimentavam de peixes e do abundante marisco da costa. Também incluíam em sua dieta as culturas, a caça e os ovos. No período de dominação romana, o arquipélago toma grande importância ao refugiar-se nele os Herminios, perseguidos e assediados pelas legiões romanas, mandadas pelo próprio Júlio César. Os romanos as chamaram de "insulae deorum" ou ilha dos deuses. Foram encontradas cerâmicas e até um anel de ouro que data do século II d.C.

No século XI aparecem os primeiros mosteiros beneditinos que foram atacados pelos normandos e reocupados no final do século XIII. No século XIV o mosteiro se realoja com a ordem dos Franciscanos. Nos séculos XVI-XVIII a ilha sofre contínuos ataques de piratas como o famoso pirata Francis Drake e contínuos atraques de navios de guerra ingleses e franceses.

A partir da primeira metade do século XIX se pacifica a situação e se instalam pesqueiras e armazéns. Podem-se observar bastantes construções abandonadas em estado ruinoso desta época na ilha. Seus habitantes viviam da pesca, agricultura e pecuária caprina e ovina. Em 1840 ordena-se sua anexação ao município de Vigo. Entre 1851 e 1853 se constrói o primeiro farol, o de Monte Faro e depois o dique que une ambas as ilhas. Até meados do século passado viviam bastantes famílias que foram abandonando as ilhas devido aos escassos meios que lá havia. Hoje ainda restam algumas casas construídas nos anos 60-70. Em 1980 foram declaradas Parque Natural e hoje pertencem ao Parque Nacional Marítimo-Terrestre das Ilhas Atlânticas da Galiza junto com os arquipélagos de Ons, Sálvora e Cortegada.

Para mais informações, bem como planning de requisitos para poder visitar o Parque entrar nas seguintes páginas:

www.iatlanticas.es/

www.parquenacionalillasatlanticas.com

Nossos Parceiros