«Moflete»: a ruptura de um obenque levou à cobertura e um tripulante ferido

«Moflete»: a ruptura de um obenque levou à cobertura e um tripulante ferido

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Publica o navegante Guilherme Gefaell Chamochín no conhecido portal náutico «La Taberna del Puerto»: «Pelo que soube, a ruptura de um obenque propiciou que o pau rompiera a coberta. Um dos tripulantes sofreu a amputação de algum dedo e uma via de água resultante de uma deficiente reparação nas Canárias, compôs ainda mais as coisas. Depois de abandonar o navio à sua sorte, a tripulação está sendo levada por um mercante para Martinica, onde chegarão em um par de dias. O importante é que estão bem, mas sinto muito por todos eles, especialmente pelo armador do Moflete, Tucho Díaz Lorente, por ter perdido seu excelente barco”.

06/02/2018: Não houve danos pessoais... «Moflete» afunda-se a 800 milhas de Martinica

O navegante pontevedrés Juan Carlos Pérez Olmedo escreveu no Facebook ao filo da meia tarde de segunda-feira: «Moflete está a cerca de 800 milhas de Martinica com graves e sérias dificuldades. O obenque de babor se soltau e causou sérios danos. A arboladura está em perigo e há a possibilidade de ter que abandonar o navio. Navegando a motor é possível que possam chegar a Martinica, mas as reservas não chegam além de 500 milhas. A averia levantou parte da cobertura. Precisam da solidariedade entre navegantes e além, políticos também, echen uma mão para que alguém entregue 600 litros de gás. Só isso...».

Una leyenda de la vela de crucero gallega

Uma lenda da vela de cruzeiro gallega... nos foi... o melhor é que não houve que lamentar desgraças pessoais...

Outro reconhecido navegante galego, como Javi Montenegro horas depois escrevia: "Velero Moflete de laría de Pontevedra com muitos amigos a bordo vai a fundo esta mesma tarde a 800 milhas de Martinica... pouca informação temos a respeito do motivo... toda a tripulação a salvo em um cargueiro que passava pela zona... vai-se um mítico das Rías Baixas... Adeus Moflete!!! Leia comentários!!! É ampla informação e corrige a erroneia!!!”... Nem dizer que centenas de amadores e amigos, colapsaram as redes por um bom tempo, preocupados com o estado dos tripulantes... felizmente se obrou o milagre e apesar de tudo pintada muito mal, a nada menos de 800 metros de Martinica, o final foi feliz...

Às sete da tarde três gallegos e um manchego saíam do porto de Combarro para dar a volta ao mundo no "Moflete", um barco de vela de 14 metros, modelo Centurião 47, equipado com as mais modernas tecnologias de comunicação. Havia já alguns séculos que não saía de um porto de Pontevedra uma expedição para dar a volta ao mundo. Desta vez não estão ao serviço da Coroa espanhola nem vão descobrir a Terra Incógnita, simplesmente se colocam a viajar por todo o mundo em uma travessia que durará vários meses. Lembrando nossos grandes navegantes dedicados à exploração, como Pedro Sarmiento de Gamboa ou os irmãos Nodales, o navio partiu da ria de Pontevedra, desde o pantalão de Combarro, com um bom vento de norte e instalou a vela à altura da ilha Tambo até se perder no horizonte. Os irmãos Antonio (Tucho) e Francisco (Paco) Díaz Lorente, o manchego de Socuéllamos Miguel Molina García e o vigués Xoán Campos formam a equipe inicial da expedição, e não descartam que se vão somando pelo caminho outros pontevedresas para realizar alguma etapa. Eles planeiam esta viagem há um ano e o que Miguel Molina soube sobre a marcha, quando viajou até Pontevedra este verão para ver a estreia do documentário La Mimitos de Manolo Yáñez e, entre copa e copa, se uniu ao projeto. Xoán, buzo e perito navegante de regatas, encarrega-se das comunicações; Molina da câmara; e Tucho é o capitão da expedição. Nas épocas em que não se possa navegar pelo Pacífico Sul, por exemplo de agosto a novembro, Tucho voltará temporariamente a Pontevedra, enquanto os demais esperam no barco.

Milagres Bará, relata sua saída desde Pontevedra em 05/11/2017 (Diário de Pontevedra)

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