Foto: O Künga e o Nautilus foram os dois primeiros barcos a cruzar a linha de saída frente ao Monumento aos Descobridores.

O Monumento aos Descobrimentos foi testemunha direto da saída da I edição da Discoveries Race, regata com saída de Lisboa e com final em Las Palmas de Gran Canaria. Às 11h30 deu-se o pistoletazo de saída pontual aos seis navios participantes nesta travessia de 731 milhas.

Vento de ceñida na saída e na maré a favor – baixando- para começar a remontar o rio Tejo em direção a Cascais onde havia situada uma baliza de passagem que lhes dava a saída a mar aberto. O Nautilus da Marinha Espanhola e patronado por Oscar Rodríguez García de la Rosa foi o primeiro a montar a boia duas horas após a saída. A seguir o faziam o Künga (CN Ponta Lagoa) de Jorge Mallo, o São Gabriel (AN Lisboa) de Mario Alfredo Silva Jara de Carvalho e o Proteína 62 (CN Sada) de Manuel Batallán e com o retornomundista Unai Basurko à cana, o navio galego teve um pequeno contratempo à altura de Cascais ao enredar-se com uma rede de pescadores, mas que pôde resolver em poucos minutos. Os dois navios da Marinha Portuguesa, o Zarco e o Polar –dos barcos escola – fecharam o passo quatro horas mais tarde.

O Proteína 65 de Manuel Batallán faz pela primeira vez a travessia às Ilhas Canárias em modo regata: “Temos feito em várias ocasiões a travessia entre Galiza e Canárias, mas para nós é um novo desafio fazê-lo junto a outros navios. Na tripulação há vários cofrades e quando me propuseram me fez muita ilusão e aqui estamos, preparados para desfrutar”.

A Marinha Portuguesa traz dois navios para a Discoveries Race-Los Alisios. O capitão tenente João Neves Simoes, capitaneia o maior navio da frota, o Polar de 30 metros de eslora. Neves Simoes explica que “esta é uma grande iniciativa da Cofradia Europeia da Vela e que nos honra estar presentes”, e acrescenta que a regata servirá “como instrução para os cadetes em navegação oceânica e a vela”, além de “o poder homenagear os Descobridores espanhóis e portugueses é uma grande honra para nós e o fato de que também haja um navio da Marinha Espanhola demonstra que estamos unidos num mundo marcado pela globalização”.

O armador e padrão do navio lisboeta São Gabriel, Mario Alfredo Silva também agradece “que uma regata se acuerde dos descubridores que tanto deram a estes dois países. Regata muito especial para todos nós”. O São Gabriel conta com quatro regatas aos Açores e duas à Madeira e será lançado pela primeira vez às Canárias. O objetivo que eles têm é “disfrutar do mar e da navegação”.

A frota deve seguir um percurso estabelecido com pontos de passagem obrigados, para evitar entre outras coisas que se adentrem em zonas atlânticas onde possa ser complicado um resgate. É por isso que a saída teve lugar frente ao Monumento dos Descobrimentos e a partir daí a frota tem se dirigido a um passo por boya situado frente a Marina de Cascais que deixaram por babor e a partir daí tomarão rumo em direção à Ilha Alegranza onde haverá uma baliza virtual a 3 milhas do Faro de Alegranza e que deve deixar por estribor, entre Alegranza e a Ilha da Graciosa ao norte de Lanzarote, para se dirigir diretamente à boia de Castillete situada às portas de Las Palmas de Gran Canaria, e onde estará montada a linha de chegada, e que significará o final de regata.

A I Discoveries Race é promovida pela Cofradia Europeia da Vela, organizada pelo CN Cascais, a AN Lisboa, o RCN Gran Canaria e conta com o patrocínio da Ilha Canela, Golf & Beach Resorts.