
Os náuticos espanhóis se solidarizam com os valencianos e pedem a renovação de concessões
Os náuticos espanhóis se solidarizam com os valencianos e pedem a renovação de concessões

A CEACNA que realizou a sua última reunião da junta directiva no Náutico de Calpe considera que “não é de recibo” que doze entidades continuem operando em precário mediante autorizações temporárias (Foto de www.calpe.es)
A Confederação Espanhola de Associações de Clubes Náuticos (CEACNA), que representa 200.000 famílias associadas, reclama à Generalitat Valenciana que resolva de uma vez a situação de precariedade em que se encontram os doze clubes náuticos dessa comunidade autônoma que têm caducadas sua concessão administrativa e levam mais de um ano esperando uma resposta das autoridades. O empregador de portos desportivos alerta que, no próximo mês de Junho, caducam as autorizações temporárias de metade das entidades sem fins lucrativos valencianas que garantem a existência da náutica social e o acesso à náutica e aos esportes do mar das economias médias, e lembra que seis em cada dez amarres geridos por estas organizações têm menos de dez metros de comprimento.
Na opinião da CEACNA, não é de recear que os clubes em causa levem anos a passar autorizações temporárias e é hora de adoptar a única solução definitiva: renovar as concessões e permitir que os náuticos continuem a desenvolver o seu trabalho social e desportivo sem a incerteza sobre se as instalações que ocupam serão leilões num mercado altamente especulativo.“Os clubes somos, hoje por hoje, as únicas associações capazes de sustentar o modelo social da náutica e é urgente que, no caso da Comunidade Valenciana, sejam tomadas decisões que assegurem a sua sobrevivência”, afirmou José Jaubert, presidente da CEACNA, ao término da junta diretiva da confederação celebrada no passado fim de semana no Real Club Náutico de Calpe, onde destacou que a paralização no processo de renovação das concessões está “impide um investimento de 50 milhões por parte dos clubes no domínio público portuário”.
Na reunião de trabalho da CEACNA foi igualmente ratificada que o presidente da Associação de Clubes Náuticos da Comunidade Valenciana, José Mas, representa a CEACNA na Junta Directiva da Real Federação Espanhola de Vela (RFEV) e solicitou ao resto de federações relacionadas com as actividades náuticas que sigam o exemplo da máxima instituição da vela nacional e integrem representantes dos clubes nos seus órgãos de gestão. A atual presidente da RFEV Julia Casanova, reconheceu repetidamente que “sem clubes não haveria vela”, o que pode ser feito extensivo a outros esportes como o piragüismo, a pesca ou o remo. Entre os diferentes assuntos tratados na junta directiva realizada em Calpe destacam-se as reuniões mantidas com a Direcção-Geral da Marinha Mercante (DGMM) em matéria de titulações dos empregados portuários. A CEACNA entende que a regulamentação neste campo é “muito complexa” e agradeceu a disposição do Ministério de Fomento a colaborar com os clubes para que estes ofereçam os melhores serviços e segurança através de trabalhadores bem formados.
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