
Platoon ganha o Mundial de TP52 e se coloca líder das 52 Super Series
Platoon ganha o Mundial de TP52 e se coloca líder das 52 Super Series
O armador alemão Harm Müller-Spreer, com seis regatistas espanhóis em seu navio, ganha seu primeiro Rolex TP52 World Championship superando os favoritos Quantum e Azzurra. Os germanos também são líderes do circuito de 52 SUPER SERIES.
Platoon deixou de ser um candidato. Já é um dos grandes das 52 SUPER SERIES. Não há dúvida. O armador alemão Harm Müller-Spreer ganhou hoje o seu primeiro mundo da classe TP52 e o fez com uma exposição durante toda a semana e também na última manga de hoje em que se reíço de uma má saída. No novo campeão do mundo há até seis regatistas espanhóis: Victor Mariño, Pedro Mais, Jordi Calafat, Javi Plaza, Aleix Gelabert e Pepe Ribes e bom parte da equipe de terra também é espanhol, pelo que este Mundial de Scarlino fala bastante castelhano.
O mérito desta equipe é que o Mundial foi levado a lutar com um cana não profissional diante de dois dos melhores canas do mundo: Bora Gulari e Guilherme Parada. Müller-Spreer sempre sonhava em medir-se com os melhores e em Scarlino os ganhou.
No pódio da Toscana o acompanham os dois grandes da frota. O Quantum termina segundo depois que hoje não fosse capaz de manter o ritmo do Platoon na água e o Azzurra recuperou o último peldanho do pódio, à custa do Alegre, graças à sua vitória com uma regata impressionante disputada com 17 nós de vento.
A saída da única manga de hoje teve que se adiar por uma dramática queda do vento. Não só caiu, mas também a brisa rolou a noroeste pelo que se torna impossível iniciar um procedimento de partida. Até que essa brisa não se estabilizou em 285 com um vento próximo aos 17 nós, Maria Torrijo, a responsável pelo Comitê de Regatas, não pôde dar a saída à que já estava claro que ia ser a única prova do dia já que eram as 14h30 e a última saída podia ser dada antes das 15 horas. Portanto, tudo foi a uma carta para o triunfo entre Platoon e Quantum e tudo a uma mão também entre Alegre e Azzurra na pugna pelo lugar vago que ficava no pódio de Scarlino.
Platoon passou em três temporadas a ser já um dos grandes das 52 SUPER SERIES. Agora mesmo são o exemplo a seguir pelo resto dos armadores que podem ver que fazendo as coisas bem se pode lutar pelo triunfo nesta competição, a mais importante do mundo em macacos. As chaves da ascensão ao olimpo do Platoon são duas: a assinatura com Quantum Sails para usar as mesmas velas que tem desenvolvido muitos anos o Quantum Racing e, por outro lado, a chegada este ano de três ativos fundamentais na tripulação do Platoon: o americano John Kostecki, o holandês Dirk de Ridder e o alicantino Pepe Ribes que é, além de piano, o capitão do navio e que fez um excelente trabalho nas melhorias que lhe foram feitas ao veleiro de Ralf Vrolijk esta temporada. As incorporações deram à equipe o pós e a experiência necessários para lutar pelas vitórias.
Platoon já vinha dando avisos de seu potencial esta temporada. Tinha feito dois segundos postos nas anteriores regatas (Key West e Miami) pelo que já ninguém o surpreende que ganhou o Mundial Rolex. O que é fantástico é como o conseguiu. Nas oito mangas disputadas em Scarlino conseguiu terminar sete entre os três primeiros. Não ganhou nenhuma prova, nem falta que o fez, mas sua solidez e suas formas de grande campeão lhe valeram para garantir o Mundial.
Quantum Racing já sabe que seu segundo inimigo para ganhar o Circuito 2017 de 52 SUPER SERIES lhe saiu em casa. No ano passado, já lhe deram o programa de velas e compartilharam com eles treinamentos e reuniões. O melhor agora estão se arrependendo de procurar o inimigo em casa. De dar as armas vencedoras. E é que, além disso, provavelmente não só tomaram o físico, mas também foram copiados da forma de competir da Quantum como equipe. Eles mostraram a mesma força que os americanos e levaram com todo o seu mundo, o primeiro em sua história. Mas o que todos já têm claro é que o Platoon chegou ao olimpo para ficar e que já é um firme candidato para levar o prêmio gordo da temporada: o triunfo final no circuito de 52 SUPER SERIES.
A última manga do Rolex TP52 World Championship foi dominada de princípio a fim pelo Azzurra. Fez uma grande saída junto com o Bronenosec pela direita do campo de regatas. Também foi de mais a menos o Alegre de Andrés Soriano que termina quarto o Mundial com uma excelente atuação. Dominou de princípio a fim. Gladiator e Rán Racing (penalizado) saíram muito atrasados, mas estes dois navios foram os que melhor se desenvolveram na manga. Os dois fizeram uma excelsa remontada e Rán terminou terceiro enquanto Gladiator estava quarto na última popa logo antes de ter um problema com o spi.
Victor Mariño, burdas do Platoon, explica:
“É uma grande alegria, algo sonhado e desejado que já levamos alguns anos preparando com Harm no Platoon. Sempre foi o objetivo dele chegar a esta temporada com este nível de resultados. Fizemos isso, além disso, numa frota tão competitiva como a de 52 SUPER SERIES, o que nos dá muita alegria. Acho que para um regatista ganhar este mundo é o máximo do que você pode aspirar. Havia muita pressão por que a Quantum é muito forte e tem sido uma saída de match-race com eles, mas depois temos melhorado colhendo uma boa linha limpa e temos razão com os bordos e temos tirado uma vantagem, que não só temos mantido com a Quantum, mas quase vale para ganhar a manga. O barco vai muito rápido, foi uma boa semana. É preciso continuar a trabalhar, somos líderes sim, mas ainda há muito pelo que pelar e há que seguir todos os dias. Ganhamos o Mundial, mas para conseguir o título da temporada há que trabalhar dia a dia e continuar aprendendo. Nesta frota não há margem para relaxamento, você vai de cima abaixo em um plis plas se você descuida”.
David Vera, piano do Azzurra, diz:
“Tivemos um bom dia, navegou-se bem e o navio ia muito rápido. Com vento a verdade é que Azzurra vai um pouco melhor e teneos que felicitar a Platoon que fez um regatão... Quase que não caiu do pódio em todas as regatas e têm navegando muito bem. Quantum não teve um bom dia hoje e agora há que pensar na seguinte porque estamos os três muito colados e fica muito por competir nas três regatas que faltam”.
Classificação final do Rolex TP52 World Championship (8 mangas):
1. Platoon (GER, Harm Müller-Spreer), (2,3,2,2,6,3,2) 22 pontos.
2. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), (1,2,8,1,1,7,2,7) 29 p.
3. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), (3,1,6,8,6,4,4,1) 33 p.
4. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA), (5,6,4,4,3,2,6,5) 35 p.
5. Gladiator (Tony Langley, GBR) (6,10,1,3,8,10,1,6) 45 p.
6. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), (10,5,5,7,9,3,7,3) 49 p.
7. Sled (Takashi Okura, USA), (4,9,7,9,7,1,8,8) 53 p.
8. Provezza (Ergin Imre, TUR) (RDG6.3,8,10,6,4,5,5,9) 53.3 p.
9. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), (8,7,9,5,5,9,9,4) 56 p.
10. Sorcha (Peter Harrison, GBR), (7,4,3,10,10,8,10,10) 62 p.Classificação do Circuito 52 SUPER SERIES
1. Platoon (GER, Harm Müller-Spreer), 103 pontos.
2. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), 107 p.
3. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), 114 p.
4. Provezza (Ergin Imre, TUR) 141.3 p.
5. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), 152 p.
6. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), 165 p.
7. Sled (Takashi Okura, USA), 174 p.
8. Gladiator (Tony Langley, GBR) 180.6 p.
9. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA), 182 p.
10. Sorcha (Peter Harrison, GBR), 248 p.
Platoon águanta o tipo no TP52 World Championship ante o assédio do Quantum (20/05/2017)
Platoon continua dando amostras de ser um navio candidato a tudo. Hoje águantou o envite o Quantum e de toda a frota de 52 SUPER SERIES na quarta jornada do Rolex TP52 World Championship. Voltou da água com a mesma renda que possuía sobre o defensor do título, dois pontos, antes de partir de Marina di Scarlino. Trabalho feito. Amanhã esses dois navios, salvo cataclismo de ambos, lutarão pelo título de Campeão do Mundo de 2017 na classe TP52.
O bronze lutarão o Alegre e o Azzurra que, assim como o outro casal de barcos, voltaram da água com a mesma diferença de pontos com que saíram, também dois pontos. Andrés Soriano e sua tripulação estão fazendo um grande trabalho. Enquanto o veleiro da família Roemmers não está tendo uma regularidade como a que o levou à vitória em março em Miami.
As duas mangas disputadas hoje foram ganhadas pelo Sled e pelo Gladiator. As duas fundadas em grandes saídas. Para o Gladiator de Tony Langley é o segundo triunfo neste mundo enquanto Sled estreou em Scarlino. A saída do Sled foi pelo centro da frota, mas encontrou uma linha de navegação limpa e chegou à boia de barlovento com a vantagem suficiente para conseguir a vitória, algo que já conseguiu este ano na sétima manga de Miami.
A vitória de Gladiator cimentou-se em sua excelente saída pelo pin na segunda manga. Daí o céu para o veleiro mais jovem da frota, o Botín construído nos estaleiros de Longitude Cero este inverno passado, e que deve ser o referente de construção para os novos veleiros que chegarão no ano que vem. Nem o papel para a direita impediu-os de ganhar uma manga com ventos entre os 7 e os 10 nós. É o seu segundo triunfo na Copa do Mundo o que lhe aupa à quinta praça da general.
Para ver a igualdade que há na frota só precisa atender a dois dados: hoje sete dos dez navios voltaram a porto com uma soma de pontos entre as duas mangas entre os 8 que conseguiram Azzurra e Alegre, os melhores do dia, e os 10. Outro bom dado para falar da igualdade que há nesta competição é que na primeira regata do dia Azzurra, Provezza, Quantum e Platoon entraram na meta em uma mínima margem de 12 segundos, quase de photofinish.
E essa igualdade também se deu entre os dois candidatos à vitória. Platoon está sendo muito sólido. Na primeira manga saíram mal e penalizaram com um nono na passagem por barlovento. Ao final minimizaram perdas e foram capazes de passar ao Quantum Racing na última popa para esticar um pouco seu líder. Na segunda manga passaram quintos pela baliza inicial de barlovento a três lugares do Quantum e puderam lutar com dois grandes rivais como são o Azzurra e o Alegre para terminar terceiros, justos por trás de Quantum. Assim navegam os campeões. Platoon, com os espanhóis Mais, Calafat, Plaza, Mariño e Ribes, é a única equipe que esteve nas duas anteriores regatas do circuito de 52 SUPER SERIES no pódio (ou seja, dois segundos) e espera que amanhã possa lutar pelo seu primeiro triunfo numa competição de 52 SUPER SERIES.
Jordi Calafat, estratete do Platoon, manifesta:
“Um dia diferente de vento, mas definitivamente a esquerda tem sido o lado bom. A classificação não mudou muito depois das duas regatas pelo que amanhã haverá que jogar entre alguns navios. Quantum e Azzurra são alguns projetos que dominam o circuito nos últimos anos e são os mais preparados e fortes, os barcos a bater. A nós não gostamos do vento muito flojo, mas depois ganha o que fizer melhor o que sair melhor ou o que coja uma linha melhor do que os outros”.
Joan Meseguer, trimmer de Alegre, explica:
"Bo dia não..., saia. A primeira regata nos deixou bastante bem porque, embora não tenhamos saído no sítio bom, nos encontramos com uma linha limpa com bom vento após a saída com o que nos levou a um bom lugar em barlovento e fizemos uma boa regata. A segunda já começou muito bem sendo terceiros em barlovento, mas na popa não pudemos navegar de tudo bem e perdemos um par de posições que nos custou um pouco caro. Todos queremos o terceiro lugar, temos de lutar porque sair daqui na gaveta do Rolex TP52 World Championship seria ótimo. Para amanhã, o que espero é que nos saiam as coisas e que o façamos o melhor que pudermos. Parece que vai haver mais vento amanhã, mas aqui as coisas estão mudando tanto sobre as partes que a verdade é que não sabemos o que nos encontraremos”.
Amanhã, último dia de competição, estão previstas duas novas mangas de barlovento-sotavento. Às 12.45 horas está previsto que comece a transmissão ao vivo da competição. Será a partir da tarde em Espanha quando está previsto dar a saída à regata longa em Scarlino. A regata segue-se através de nosso site www.52superseries.com e tem além das imagens do mar e da realidade virtual comentários ao vivo desde a água e do estudo.
Classificação após a quarta jornada (7 mangas):
1. Platoon (GER, Harm Müller-Spreer), (2,3,2,2,6,3) 20 pontos.
2. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), (1,2,8,1,1,7,2) 22 p.
3. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA), (5,6,4,4,3,2,6) 30 p.
4. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), (3,1,6,8,6,4,4) 32 p.
5. Gladiator (Tony Langley, GBR) (6,10,1,3,8,10,1) 39 p.
6. Provezza (Ergin Imre, TUR) (RDG6.3,8,10,6,4,5,5) 44.3 p.
7. Sled (Takashi Okura, USA), (4,9,7,9,7,1,8) 45 p.
8. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), (10,5,5,7,9,3,7) 46 p.
9. Sorcha (Peter Harrison, GBR), (7,4,3,10,10,8,10) 52 p.
10. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), (8,7,9,5,5,9,9) 52 p.
O Mundial de TP52 é coisa de dois: Platoon e Quantum Racing (18/05/2017)
O Mundial Rolex TP52 World Championship parece voltado para uma luta entre dois. Uma pugna entre as duas equipes que mais sólidas se mostraram desde o início. Platoon e Quantum Racing estão a dois dias de coroar-se com a regata mais preciada do ano em 52 SUPER SERIES, que dá o dobro prêmio do campeonato e do Mundial. Os de Harm Müller-Spreer estão mostrando uma solidez impressionante. Hoje na regata costeira fizeram outro segundo, enquanto o Quantum de Bora Gulari acumulou hoje seu terceiro triunfo parcial em Scarlino e pisa os calcanhares ao navio alemão que mantém a liderança por apenas dois pontos de renda.
Entre eles e o resto já há um espaço respeitável. Terceiro na classificação é o Alegre de Andrés Soriano que também está sendo muito sólido já que está rendabilizando perfeitamente sua estadia na parte média da tabela. Ele ainda não conseguiu e isso coloca-lhe terceiro o que seria um excelso sucesso para eles, pódio que já acaritou em Portals em 2015 quando ficou empatado no terceiro lugar com Provezza.
Esta quinta-feira foi disputada a regata costeira com um percurso de 26 milhas pela baía de Scarlino. A saída se deu pontual com um vento sul de 12 nós que chegou a ter rachas de 18. A regata começou com um longo barlovento-sotavento que foi dominado pelo Provezza de Peter Holmberg. O navio turco finalmente começou a funcionar no mundo após um começo pobre. A saída esteve entre eles e o Quantum que saiu com muita velocidade pelo centro da frota com o Azzurra muito colado.
O líder do Provezza durou enquanto a frota passou pela ilha de Sparviero. Daí puseram a proa rumo à ilha de Cerboli onde sabiam que ia ter um poço de vento em que eles caíram os primeiros e foram como os conejillos de Indianos para o resto da frota que viu que a manobra precoce do arriado do spi não era a melhor decisão e foram superados pelo Quantum, Platoon e Alegre. Um erro que vos saiu caríssimo e que lhe colocou o triunfo em bandeja aos defensores do título, o Quantum que a partir daí viu como na última popa já era quase impossível poder antevê-los.
Andy Horton, tático do Alegre, manifesta:
“Estamos a metade da competição, mas a partir de amanhã parece que tudo muda para mais vento. Haverá que fazer algumas mudanças esta noite para as novas circunstâncias que nos esperam. Vamos ver como nos comportamos nestas condições. Não diria que estamos muito soltos, mas antes que somos bastante conservadores. Tivemos uma boa velocidade em ceñidas, mas ainda estamos trabalhando em nossa velocidade em popas. Acho que hoje fizemos a melhor regata do que levamos da Copa".
David Vera, piano do Azzurra, explica:
“Mal dia outra vez para nós. A verdade é que, na primeira tingida com essa rolada de esquerda, os navios de sotavento fizeram-nos perder posições. Depois, na segunda ilha, voltamos a juntar-nos porque fizemos muito bem metindo pegadinhos à ilha, mas depois não sei, aí não notamos bem o barco ou foi mais questão de vento porque os da esquerda iam sair daí. E depois já foi muito complicado porque íamos na fila indiana e era muito difícil passar”.
Victor Mariño, burdas do Platoon, afirma:
“A verdade é que levamos três dias muito positivos, sempre em posições de gaveta, muito regulares. Mas a Quantum também está muito forte. Estamos acima das expectativas que tínhamos, navegando muito sólidos e ainda restam quatro mangas e há que ir uma a uma. Azzurra estará brigando seguro e Quantum estará acima. Estamos contentes com a solidez os resultados e como navega o barco. Amanhã parece que muda para vento mais forte e ver se podemos seguir com esta regularidade. E já veremos se chegamos no último dia para lutar pelo campeonato”.
Nacho Postigo, navegante do Provezza, diz:
“Temos feito uma boa regata, mas acreditamos que não tivemos um bom prêmio ao trabalho. Quarto é um pouco decepcionante após a boa primeira parte. Fomos primeiros durante uma boa parte da jornada. O único erro da arriada do spi nos saiu muito caro. Assim são as 52 SUPER SERIES com uma frota tão igualada. Os dois primeiros dias pagamos muito caras as más saídas. Aqui isso penaliza muito. E outro fator para ser otimista é que temos o ‘redres’ do primeiro dia pelo que pouco a pouco isso nos pode ajudar a subir alguma posição mais”.
Na sexta-feira, dois novos mangás de barlovento-sotavento são disputados. Às 12.45 horas está previsto que comece a transmissão ao vivo da competição. Será a partir da tarde em Espanha quando está previsto dar a saída à regata longa em Scarlino. A regata segue-se através de nosso site www.52superseries.com e tem além das imagens do mar e da realidade virtual comentários ao vivo desde a água e do estudo.
Classificação após a terceira jornada (5 mangas):
1. Platoon (GER, Harm Müller-Spreer), (2,3,2,2) 11 pontos.
2. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), (1,2,8,1,1) 13 p.
3. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA), (5,6,4,4,3) 22 p.
4. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), (3,1,6,8,6) 24 p.
5. Gladiator (Tony Langley, GBR) (6,10,1,3,8) 28 p.
6. Sorcha (Peter Harrison, GBR), (7,4,3,10,10) 34 p.
7. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), (8,7,9,5,5) 34 p.
8. Provezza (Ergin Imre, TUR) (RDG7,8,10,6,4) 35 p.
9. Sled (Takashi Okura, USA), (4,9,7,9,7) 36 p.
10. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), (10,5,5,7,9) 36 p.
O alemão Platoon é colocado na cabeça do Rolex TP52 World Championship (17/05/2017)
Platoon apresentou oficialmente sua forte candidatura para escolher o Rolex TP52 Word Championship. O navio alemão do armador Harm Müller-Spreer acumula apenas 9 pontos após as quatro primeiras provas disputadas de 52 SUPER SERIES e goza de uma renda de três sobre o Quantum Racing e de oito com o Azzurra de Guilherme Parada.
A jornada de hoje foi disputada com dois ventos totalmente diferentes o que não impossibilitou que a manga pudesse ser recuperada que ontem não se realizou. Em uma hora de recesso entre a primeira e a segunda prova do dia foi dada a volta ao campo de regatas. E Platoon foi o mais forte. Sem cometer erros os alemães (embora cinco de seus tripulantes sejam espanhóis: Mas, Calafat, Ribes, Mariño e Plaza) estão consolidando não tanto sua candidatura ao mundo, mas também ao circuito de 52 SUPER SERIES, já que agora mesmo após 40% da competição disputada são líderes da general.
A jornada foi aberta com uma manga com vento de direção de 65 e uma intensidade de 8 a 10 nós. Foi o Azzurra que fez a melhor das saídas junto com o Alegre. Guilherme Parada conseguiu o lado bom da linha e o fez com mais velocidade do resto. Assim, cimentou sua vantagem sobre o resto da frota e sobretudo com o Quantum que recuperava posições e chegava à boia de barlovento com uma segunda posição que lhe servia para minimizar danos e para optar a seguir somando poucos pontos.
Na última popa, o Comitê de Regatas teve que cortar o percurso devido a uma dramática baixa da intensidade do vento. Esta mudança não foi obice para que o navio italiano ganhasse a manga pela frente dos outros dois favoritos em Scarlino: Quantum e Platoon.
A terceira manga foi de domínio absoluto para o Gladiator. O triunfo do barco de Tony Langley conseguiu provavelmente o triunfo mais trabalhado de sua história e que ficará gravado nas retinas de toda a equipe inglesa. Há mais de dois meses o barco foi seriamente danificado na regata de treinamento na Miami Royal Cup. Desde esse dia se trabalhou contrarrelógio e sem poupar nenhum tipo de recursos para que o veleiro de Marcelino Botín botado no final de 2016 estivesse pronto para Scarlino. E não só o navio foi reparado, mas também hoje demonstrou que está pronto para ganhar regatas. E fizeram-no com uma saída incrível, Com Ed Baird na tática o velero inglês foi cada vez ganhando mais margem para seus rivais para conseguir seu primeiro triunfo no Mundial e seu segundo da presente temporada depois de ganhar com seu navio velho a terceira manga na regata inicial da temporada em Key West. Para Azzurra e Quantum não foi sua manga esperada. Os italoargentinos fizeram um sexto após ficar encalmados na parte direita do campo de regatas, enquanto os americanos terminaram em oitava posição e cederam momentaneamente o liderato ao sólido Platoon.
Se a primeira manga do dia se deu com um vento de direção 65 esta segunda se correu com um vento do 280, ou seja, um role de 145. Já com esse vento e com uma intensidade de 15 nós se deu a saída à terceira manga do dia em outra maratoniana jornada. Mesmo de longa duração que a anterior mas muito mais produtiva para os regatistas que puderam competir em três mangas ontem e cumprir com o calendário original da competição.
Na terceira manga foi o Azzurra que saiu melhor em uma enconada luta com o Alegre em que os de Soriano comprometeram a partida dos de Parada que haviam ganhado o pin. Quantum navegou muito mais limpo, com menos interferências para se apontar sua segunda vitória no Mundial de Scarlino. Quem voltou a mostrar sua solidez foi o Platoon de Müller-Spreer que está cimentando sua liderança com base em segundos postos. Ele tem maneiras de campeão. Também se aproveitou de uma ruptura de spi do Rán Racing o Gladiator que com seus dois últimos mangás (um primeiro e um terceiro) se soma à batalha pelo pódio no Rolex TP52 World Championship.
Para hoje está prevista a regata costeira e que comecem as retransmissões ao vivo da competição. Será a partir da tarde em Espanha quando está previsto dar a saída à regata longa em Scarlino. A regata segue-se através de nosso site www.52superseries.com e tem além das imagens do mar e da realidade virtual comentários ao vivo desde a água e do estudo.
Jordi Calafat, estrategista do Platoon, comenta:
“Nós não estamos pendentes da classificação do mundo e de ser líderes, agora não vamos nem pela metade do campeonato. Além disso, aqui o campo de regatas está sendo muito complicado, muito mais do que o ano passado e, bom, a verdade é que um dia como hoje vem com um terceiro e dois segundos é para estar muito feliz. Fizemos bem o trabalho. Diria que com o mar plano não há muita diferença de velocidade entre os barcos o que há que fazer é acertar e ter sorte com a regata do vento de terra que o vento é tão raro que você não sabe muito bem por onde você vai jogar e você tem que passar os maus momentos o melhor possível e navegar com o seu vento sem olhar para a frota. Acho que Harm e John estão fazendo um bom trabalho, não nos podemos queixar...”
David Vera, piano do Azzurra, explica:
“Não foi um grande dia para nós. A primeira coisa, ganhamos sair muito sólidos. A segunda tivemos aí umas roladas que se calimou e a frota se separou em dois grupos e a nós nos tocou o lado ruim. E na terceira nós saímos bem, mas tivemos problemas mecânicos com a burda ao fazer mal uma manobra. Lutando por trás. Platoon e Quantum o fizeram muito bem hoje e há que continuar brigando os dias que nos restam”.
Classificação após a segunda jornada (4 mangas): 1. Platoon (GER, Harm Müller-Spreer), (2,3,2,2) 9 pontos. 2. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), (1,2,8,1) 12 p. 3. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), (3,1,6,8) 18 p. 4. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA), (5,6,4,4) 19 p. 5. Gladiator (Tony Langley, GBR) (6,10,1,3) 20 p. 6. Sorcha (Peter Harrison, GBR), (7,4,3,10) 24 p. 7. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), (10,5,5,7) 27 p. 8. Sled (Takashi Okura, USA), (4,9,7,9) 29 p. 9. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), (8,7,9,5) 29 p. 10. Provezza (Ergin Imre, TUR) (9,8,10,6) 33 p.
Quantum Racing defende o título na estreia do Rolex TP52 World Championship (16/05/2017)
O primeiro dia do Rolex TP52 World Championship fechou-se, após uma longa jornada na água, com uma única manga disputada e com o líder do atual defensor da coroa, o Quantum Racing. A terceira prova do calendário das 52 SUPER SERIES 2017 foi toda uma demonstração de águante na água e de profissionalidade das tripulações que tiveram que lidar com constantes mudanças de direção e força do vento.
No mar houve de todo hoje, no entanto, os três navios que se encontram ao comando da competição são os que todo mundo teria colocado nas primeiras posições da tabela se uma quiniela fosse feita. Por isso estão acima, porque são capazes de lidar com qualquer inconveniente. Quantum Racing, Platoon e Azzurra começaram a competição com força. Embora Azzurra tenha tido um golpe de sorte quando na primeira manga que se deu a saída foi penalizado por um fora de linha, o mesmo aconteceu ao Alegre de Andrés Soriano. Os de Guilherme Parada foram recuperando, mas quando a manga foi cancelada estavam na zona central da frota.
A única regata da jornada de 52 SUPER SERIES deu-se com um vento do nordeste de 12 a 14 nós e com constantes papéis de vento. Os grandes favoritos saíram com velocidade e logo se viu que a batalha estaria entre eles, mais tendo em conta que dois dos navios que também podem ganhar mangas, Bronenosec e Provezza, fizeram um fora de linha e terminaram na oitava e nona praça respectivamente, apenas secundados pelo Rán Racing de Niklas Zennström que fez um décimo que vai embora como uma losa no Mundial toscano.
A luta na manga foi muito fechada e Quantum viu como chegando à boia de barlovento o Azzurra lhes deixava um pouco de espaço; algo que Terry Hutchinson na tática não o desaproveitou. Fez-se colar Bora Gulari e essa manobra, provavelmente, foi a que lhes fez ganhar a primeira manga do Mundial de Scarlino.
Por trás Azzurra, Platoon e Sled, de Takashi Okura lutavam pela gaveta e foram os alemães, com cinco espanhóis na banheira, os que levaram o segundo posto. John Kostecki, seu tático, explicava: “Nos sentimos confortáveis, e acho que falo por toda a equipe, com essas situações instáveis. Fizemos um bom trabalho e Harm está muito bem à cana. Estas condições são duras, mas são para todos. Quando passamos a porta de sotavento em segunda posição, já nos dedicamos a marcar os que vinham por trás”.
O Comitê de Regatas, liderado por Maria Torrijo, tentou dar a saída à segunda manga. Iniciou-se o procedimento passadas as cinco da tarde, mas ao final enviaram à frota para terra.
Para amanhã, o Comitê de Regatas pretende recuperar a manga perdida hoje. Assim, o primeiro sinal de partida será a partir das 11h30 em vez da uma. A vontade é tentar fazer o máximo número de mangas possíveis. As mangas de amanhã podem ser seguidas em realidade virtual através de nosso site com comentários em direto da água. Já a partir de quinta-feira será quando começarem as transmissões com sinal ao vivo da água.
Guilherme Parada, padrão do Azzurra, explica:
“Um dia muito raro um vento não típico aqui com luta grande entre o gradiente e o térmico. Então tentamos largar com vento de terra e foi impossível. Ele saiu com o termo nós não vinha fazendo isso muito bem e o vento virava muito e até que ele girou cerca de 80 graus na segunda zeñida e teve que parar. Na segunda saída se deu com vento de terra de 60 de direção. Fizemos uma boa saída e estávamos com os melhores, mas deixamos uma pequena porta no barlovento e Quantum nos colou por esse pequeno espaço que deixamos. E, a partir daí, a cada oportunidade de ganhar ou perder, Mas com o dia que foi voltar ao porto com um terceiro na general é bom. O barco vai rápido pelo que depende de nós fazer as coisas bem no Mundial”.
Ed Reynolds, diretor esportivo do Quantum Racing, sustenta:
“Este foi um campo de corridas realmente muito difícil, mas apesar disso acho que fomos muito bem hoje. Era exatamente o que esperávamos aqui, rachas e papéis, mas nossa equipe sempre esteve bem nas mudanças de situação. Fizemos um monte de trabalho com Bora e Terry nestes dias anteriores e hoje viu-se que este trabalho deu frutos porque estiveram magníficos todo o dia. Foi uma manga muito apretada. Essa primeira boia foi muito importante passar bem com tantos barcos tão perto. Mas uma vez passamos primeiro já tudo foi melhor para nós”.
Classificação após a primeira jornada:
1. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), 1 ponto.
2. Platoon (GER, Harm Müller-Spreer), 2 pontos.
3. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), 3 p.
4. Sled (Takashi Okura, USA), 4 p.
5. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA) 5 p.
6. Gladiator (Tony Langley, GBR) 6 p.
7. Sorcha (Peter Harrison, GBR), 7 p.
8. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), 8 p.
9. Provezza (Ergin Imre, TUR) 9 p.
10. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), 10 p.
Mundial de TP52 na Itália: O Platoon pode se apontar para a festa?
Desde que o Mundial da Classe TP52 se tornou oficial em 2008, apenas três navios conseguiram o título preciado. Sem dúvida, o grande dominador foi o Quantum Racing que acumula cinco entorchados, enquanto Azzurra e seu antecessor Matador ganharam duas vezes o título. O terceiro é o Rán Racing que se fez com o campeonato mundial em Miami em 2013.
Esta terna tem dominado a Copa do Mundo, mas quando a próxima terça-feira começa em Scarlino o Rolex TP52 World Championship, esses candidatos vão ter mais complicado que nunca reverdecer seus laureis devido à competição que os deixou na frota das 52 SUPER SERIES.
O campeão da temporada passada de 52 SUPER SERIES, Quantum Racing, chega à Itália depois da pequena decepção sofrida na Miami Royal Cup onde só pôde terminar na quarta praça. No outro lado da balança, Azzurra não só ganhou em águas da Flórida, mas também se elevou ao líder da competição. Essa confiança tem que servir para resarcir-se de sua má atuação na temporada passada em sua estreia em Scarlino. Aqui terminaram quintos em um campo de regatas complicado e muito desafiador para as equipes. Rán Racing espera melhorar na primeira regata da temporada em Itália a sexta praça de Miami. Pretende aproximar-se mais de suas boas e sólidas prestações que ofereceram na estreia da temporada em Key West. Entre os três estão as maiores possibilidades para ganhar no próximo sábado 20 o Mundial.
Mas para aqueles que seguiram com atenção o início da temporada de 52 SUPER SERIES, certamente repararam na impressionante estreia do Platoon do armador alemão Harm Müller-Spreer. Sua solidez leva a ser considerada como um dos favoritos à vitória, embora também não se esqueça de outras equipes como o Provezza. Os alemães têm estado no pódio nas duas primeiras regatas pelo que suas opções de triunfo se valorizam sólidamente entre a frota. As melhorias que o armador germano implementou no navio, tanto de tripulação como no veleiro, têm dado frutos claros.
Na terça-feira, começa a Copa com duas mangas. Nesse dia e na quarta-feira as regatas podem ser seguidas com comentários ao vivo e com a realidade virtual. A partir de quinta-feira e até sábado voltam as retransmissões ao vivo da regata com televisão ao vivo, comentários e também imagens virtuais para ter todos os dados e informações dos testes.
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