O vice-decano da náutica galega, o Liceu Marítimo de Bouzas em busca de suas origens

O vice-decano da náutica galega, o Liceu Marítimo de Bouzas em busca de suas origens

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El Rápido de Bouzas nació en el seno del Liceo en klas navidades de 1913, como se ve en la bandera fundacional figuran dos remos, barcos de vela y botes de remo... una joya

O rápido de Bouzas nasceu no seio do Liceu no Natal de 1913, como se vê na bandeira fundacional figuram dois remos, barcos de vela e barcos de remo... uma joia que se conserva em perfeito estado

Na Galiza o decano da náutica é o Real Club de Regatas Galicia de Villagarcía de Arosa. Cria-se em 1902 e tem por presidente fundacional o avô do nosso Prêmio Nobel, Camilo José Cela. Eram os começos do século passado, em que os portos utilizados pelos navios britânicos conheciam primeiro que ninguém a esportes como o foot-ball (a localidade galega sempre discutiu com a boca pequena se é o Huelva el decano ou um clube "antepassado" do atual Arosa), e a vela ou o remo como esportes basicamente anglo-saxões. Este decanato que está claríssimo, tem em 1906 a sua dama de honra como vice-decano da náutica galega: ao Real Club Náutico de Vigo... porém, como bem relata em Vida Gallega, o inesquecível Afonso Castelao, desaparece em 1910 até o ponto que os bens do clube são repartidos entre seus obrigacionistas, um clube que ocupava a zona de mola do Areal que posteriormente valdría para localizar a Comandancia de Marina de Vigo, e que tinha muito perto os primigenios Astilleros Barreras, que anos depois se transfeririam para a antiga Prefeitura de Bouzas, onde estão atualmente, e que o estejam por muitos anos.

Pois bem, para entender a história há que saber que Bouzas até 1904 era uma vila independente de Vigo. Segundo as crônicas da época Bouzas tinha muitas dívidas e Vigo prometeu assumir delas mantendo o status de Bouzas, como se fosse uma vila inmersa no Grande Vigo, mas com certa autonomia. Como tantas coisas na nossa história, as promessas não foram cumpridas e chegamos ao ano 1907, muito recente esta unidade que nunca anexação e nasce o Liceu Marítimo de Bouzas, clube náutico que era o terceiro em antiguidade na Galiza, que passaria a ser o segundo com o desaparecimento do Náutico de Vigo (o atual foi refundado por Estanislao Durán no ano 1926)... precisamente neste ano 1926 nacia outro dos grandes clubes galegos: o Real Club Náutico da Corunha.

A veces las incógnitas de nuestra historia tiene explicaciones lógicas

Às vezes as incógnitas da nossa história têm explicações lógicas... a L do CIS e o grimpolo do Liceu Marítimo de Bouzas

Descobrimos muitas coisas, eram anos de muitas discussões, eram um período de forte disputa entre Bouzas e Vigo (que eram muito parejos daquela) adicionado pelo foot-ball com duas equipes da então Série A (a primeira divisão atual) entre os que havia mais que palavras: o Fortuna de Bouzas e o Real Vigo Sporting. As cores do Fortuna eram os de Bouzas: burdeos e branco... o burdeos por sua bandeira e o branco pelo prata da mesma... Nasce o Liceo Marítimo de Bouzas e a escolha de suas cores é quando menos surpreendente: amarelo e preto... segundo parece não se quis colocar o vermelho e branco da província marítima de Vigo por razões óbvias... então por que amarelo e preto?... as cores da Villa de Bouzas são o granate e o prata... como demonstração está o antigo pendón da Villa que está exposto no Museu de Castrelos... pois muito simples pela L de Lima e de Liceo. Assim se escreve a história do vice-decano da náutica galega.

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