Durante o V Congresso Náutico, representantes dos principais partidos políticos manifestaram sua predisposição para apoiar as reivindicações do setor... o mercado náutico começou o ano com quedas das matrículas de embarcações de recreio, que até fevereiro registram uma queda de -11,70% em relação ao mesmo período de 2016

Os dados de matrículas de embarcações de recreio em Espanha até Fevereiro mantêm-se à baixa, com uma queda de -11,70% em relação ao mesmo período do ano passado. No total, registaram-se 385 embarcações de recreio contra as 436 registadas entre janeiro e fevereiro de 2016. São os dados recolhidos no relatório do mercado de embarcações de recreio (emero-febrero 2017), editado por ANEN a partir das informações fornecidas pela Direcção-Geral da Marinha Mercante.

Não são bons dados para o setor que acaba de celebrar em Palma o V Congresso Náutico, no qual participaram deputados nacionais do PSOE, PP e CIDADEANOS, e de PODEMOS por Baleares. Todos concordaram na capacidade do sector náutico para gerar emprego e produtividade à nossa economia, sobretudo pela sua relação directa com sectores tão importantes neste momento como o turismo e porque a náutica está a propiciar uma diversificação do negócio com a criação de novas empresas, muitas ligadas ao domínio tecnológico.

Por esloras, embarcações até 8 metros, representando 83% do mercado náutico nacional, matriculam 320 embarcações frente às 394 registadas entre janeiro e fevereiro de 2016 (-18,8%). Crescem o resto das esloras. O segmento entre 8 e 12 metros 10%, as esloras entre 12 e 16 metros uns 120% e de forma exponencial crescem as matrículas de embarcações de mais de 16 metros, que passam das 2 unidades registadas no mesmo período de 2016 às 10 matrículas efectuadas até fevereiro deste ano (+400%). Por tipo de embarcações, as motos de água matriculam um -8% menos do que no mesmo período do ano passado (com 46 matrículas contra as 50 registadas entre janeiro e fevereiro de 2016). Os navios a motor também caem, um -16,3%, com 190 matrículas (227 registadas no mesmo período de 2016). As embarcações pneumáticas dobráveis perdem um -28% de matrículas e as semirrígidas crescem 1,4%. A vela mantém um comportamento positivo no que vai de ano, com um aumento de 8,3%, matriculando 39 unidades sobre as 36 alcançadas entre janeiro e fevereiro de 2016. O mercado de aluguer continua a crescer, neste período regista +13%, com 78 matrículas de navios para uso de aluguer em 69 de 2016. Destes, 53 (68% do mercado de charter) são barcos de até 8 metros de eslora, 8 são embarcações entre 8 e 12 metros, 11 unidades têm entre 12 e 16 metros, e 6 têm mais de 16 metros de comprimento.

Por Comunidades Autónomas, Catalunha, Andaluzia e Ilhas Baleares ocupam as primeiras posições do mercado de embarcações de recreio em janeiro no período analisado