Cepesca propõe ao Parlamento Europeu um debate sobre a pesca da espada

Cepesca propõe ao Parlamento Europeu um debate sobre a pesca da espada

Nautica Digital Europe Destacado Marina Pesquera
Pez espada Mediterráneo, acuerdo Marruecos y medidas técnicas centran debates de Cepesca con eurodiputados Clara Aguilera y Gabriel Mato

Pez espada Mediterrâneo, acordo Marrocos e medidas técnicas têm centrado os debates de Cepesca com os eurodeputados Clara Aguilera e Gabriel Mato, esta semana na Comissão das Pescas do Parlamento Europeu

Uma delegação da Confederação Espanhola das Pescas (CEPESCA), formada por Pedro Maza, vice-presidente da Cepesca e presidente da Federação Andaluza de Associações Pesqueras (FAAPE), Pedro Hernández, diretor-geral da Cooperativa de Pescadores de Carboneras (Carbopesca), e Javier Garat, secretário-geral da Cepesca, tem assistido esta semana à Comissão das Pescas do Parlamento Europeu, na qual foram tratados assuntos importantes para a frota espanhola. É de salientar que a apresentação do resultado da negociação na Comissão Internacional para a Conservação do Atún Atlântico (ICCAT) para repartir o peixe espada do Mediterrâneo entre as partes contratantes. Foi igualmente discutido sobre as relações União Europeia-Marrocos, após o acórdão do Tribunal de Justiça sobre o Acordo Comercial entre os dois. Os representantes de Cepesca, acompanhados pela diretora geral das Pescas da Junta de Andaluzia, Margarida Pérez, mantiveram reuniões com os eurodeputados espanhóis Clara Aguilera, do grupo socialista europeu, e Gabriel Mato, do grupo popular europeu. Aguilera pôs em dúvida a eficácia do estabelecimento de um TAC (Total Admissíveis de Capturas) para o peixe espada do Mediterrâneo, uma vez que pode encobrir o branqueamento das capturas ilegais com redes de emalhar a deriva.

Aguilera, que apresentou no PE uma proposta de resolução sobre as pescarias de espadas do Mediterrâneo e que tem o apoio de vários membros do grupo socialista da Comissão das Pescas, partilha a posição de Cepesca, que vem alertando deste branqueamento desde a criação de um TAC por ICCAT em novembro de 2016. A sua proposta apoia a procura de Cepesca de que a repartição das quotas de 7.410 toneladas entre os Estados-Membros da UE, tome como referência as capturas históricas de 2015, dado que os dados de anos anteriores podem incluir capturas ilegais efectuadas com redes de emalhar à deriva.

Por outro lado, vários eurodeputados espanhóis, como Gabriel Mato (Partido Popular Europeu), Izaskun Bilbau (Aliança dos Liberais e Democratas para a Europa) e a própria Clara Aguilera, demandaram na Comissão das Pescas do Parlamento Europeu a proibição dos transbordos no mar no âmbito da ICCAT - prática já proibida pela UE -, para evitar a pesca ilegal de espadas, tunidos e tubarões por parte de determinadas frotas asiáticas.

Na reunião com Gabriel Mato, relator do relatório do PE sobre a proposta de regulamento de medidas técnicas, os representantes da Cepesca explicaram ao eurodeputado espanhol os problemas que enfrentará o sector das pescas que faena no Estreito de Gibraltar, em caso de avançar uma proposta de Acto Delegado da Comissão Europeia que pretende incluir o voraz na proibição de devoluções deste ano. O setor, a Junta de Andaluzia e o governo espanhol mantêm que deveria ser permitida a exceção por alta sobrevivência, de tal maneira que, se os navios voraz de talha inferior a 33 cm, este possa ser devolvido vivo ao mar.

Na Comissão das Pescas, foi efectuado intercâmbio de pontos de vista após o acórdão do Tribunal de Justiça sobre o Acordo Comercial (agrícola e Pesca) entre a UE e o Reino de Marrocos. A Comissão Europeia foi clara a este respeito, manifestando que o acórdão sobre o acordo comercial não invalida, em nenhum caso, o protocolo de pesca entre a UE e Marrocos. Além disso, informou os membros do PE de que o protocolo de pesca respeita o direito internacional, inclui espécies excedentárias e de rendimento máximo sustentável, e inclui também uma cláusula que estabelece que a população local deve beneficiar do apoio sectorial.

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