
O Quantum Racing de Doug DeVos ganha a Key West Race Week
O Quantum Racing de Doug DeVos ganha a Key West Race Week
O barco de Doug DeVos ganha a última manga da Quantum Key West Race Week com uma exibição de solidez. Platoon e Rán Racing o acompanham na gaveta. Seis barcos terminam separados por apenas dois pontos na luta pelo pódio em que se presume a melhor e mais competida temporada da história de 52 SUPER SERIES.
O titular pode parecer reiterativo. Sim, ganhou Quantum Racing. Como outras tantas vezes, sem ir mais longe em 2016 venceu quatro testes. Mas a verdade é que a Quantum Key West Race Week tem saltado todos os programas anteriores e pode ser considerada como uma das regatas, mas a mais, disputadas na história das 52 SUPER SERIES. No pódio acompanharam o Platoon de Harm Müller-Spreer em que há até quatro espanhóis no barco e o Rán Racing do armador sueco Niklas Zennström. Um pódio de canas armadores. Nem um único profissional chegou à gaveta de Key West.
Quantum voltou a ganhar. Sim. Mas não o fez como, por exemplo, na regata inicial da temporada passada, quando terminou com metade de pontos que as duas equipes que lhe acompanharam no pódio essa campanha: Azzurra e Rán. No ano passado, essa regata marcou o caminho para uma ditadura do navio americano. No entanto, a sensação que o mundo deixou todos os cinco dias de regatas em Key West é que este ano a luta vai estar muito aberta e que não vai ser coisas de dois ou três barcos. Há novos atores que entraram com força e que chegaram para ficar.
Assim, o grande beneficiado é o espetáculo que oferece o melhor circuito do mundo de monocascos. Hoje até cinco navios lutaram pelo triunfo final e Bronenosec e Interlodge, sexto e sétimo, ficaram para um suspiro de subir à gaveta. Com sete barcos lutando pelo pódio, as próximas cinco regatas de 52 SUPER SERIES de 2017 prometem muito mais emoção.
Hoje, porém, Quantum encarregou-se de paliar as taquicardias desde o primeiro minuto. Bem, eles e a má regata que fizeram todos os seus rivais pelo triunfo final em águas dos Caios. Rán Racing, Platoon, Azzurra e Provezza estiveram muito abaixo de suas aspirações e permitiram a Doug DeVos e Terry Hutchinson fazer uma plácida manga, a única do dia, após a passagem pela primeira boia de barlovento. Não só iam primeiros nesse ponto, mas tinham um colchão entre eles e seus rivais que se chamava Interlodge-Bronenosec-Sled. Três escudeiros que lhe davam muita tranquilidade porque seus rivais, se queriam chegar até eles, primeiro tinham que lidar com estes três touros.
Quantum fechou seu triunfo e Terry Hutchinson, um dos melhores táticos do mundo e um dos atletas profissionais mais exigente e competitivo, apretava os punhos na linha de meta. Na quarta-feira, Quantum estava sexto na general após assinar 8,7,9 em um dia áciago. Hutchinson se autoflagelou. Entonou o mea culpa e urdiu seu retorno à luta. As três últimas mangas, todas com pouco vento, fecharam os americanos com uma soma de 4 pontos. Esse é o espírito dos grandes campeões e em Quantum há um bom punhado deles. Nas duas edições anteriores que as 52 SUPER SERIES havia visitado Key West as regatas foram distribuídas Azzurra em 2013 e Quantum em 2014.
Na manga ficou segundo Bronenosec. O barco de Vladimir Liubomirov adolece regularmente. Capaz do melhor e do pior. No dia em que encontrem o equilíbrio ninguém duvida que estarão com os melhores. Dois pontos da gaveta ficaram, assim como o projeto promissor de Austin Fragomen e seu Interlodge. Quando Ian Walker a cana e a tripulação se juntam ao desenho de Botín podem ser um contenente temível.
O dia aciago voltou a ser do Provezza. O veleiro turco não é muito amigo dos dias finais. Em Cascáis, em outubro passado, também perdeu a opção de pódio na última manga. Hoje, mais do mesmo. Seu Vrolijk não é feito para ventos de seis nós como os que havia hoje em Key West, mas também não a tripulação soube colocar o navio nos locais onde o campeonato era jogado.
O próximo teste, a segunda da temporada 2017 de 52 SUPER SERIES, será de 7 a 11 de março em Miami. A regata terá lugar em águas do Yachtclub Biscayne Bay. Após essa competição, os navios retornarão à Europa com a citação mais importante do calendário, o Rolex TP52 World Championship Scarlino 2017 em maio.
Doug DeVos, armador e cana do Quantum, explica: “O que grande regata tivemos em Key West! Quanto equipes brigando até o último teste pela vitória. É fantástico. Hoje fizemos um grande trabalho na equipe. Temos saído muito bem e fizemos uma regata muito sólida. É simplesmente maravilhoso. Você tem em 52 SUPER SERIES a oportunidade de navegar contra os melhores regatistas do mundo e com este barco, a regata é uma plataforma incrível. Além disso, ganhar neste ambiente é maravilhoso. O ruim é que a alegria dura pouco, porque Miami está ao virar da esquina”.
Niklas Zennström, cana e armador do Rán Racing, argumenta: “Que grande semana de regatas em que se pôde demonstrar a elevada qualidade que tem esta competição! Houve até cinco navios que conseguiram ganhar e isso é impressionante. Temos saído do campo de regatas tentando não nos colocar pressão e nos dizer que estávamos dois pontos atrás, mas pensando também que teríamos oportunidades. Estamos felizes porque ficamos no pódio e também, olhando pela temporada, acabamos com poucos pontos. Sair daqui no terceiro lugar nos faz muito felizes. Agora já pensamos em Miami que é um lugar incrível. Temos grandes lembranças de navegar lá. O maior é o Mundial que conseguimos em 2013 quando ganhamos Azzurra na última manga. Vamos lá com a força de pensar que temos oportunidade de ganhar a regata”.
Classificação da Quantum Key West Race Week e da General do Circuito após 1 evento
1. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), (3,7,4,1,8,7,9,2,1,1) 43 pontos.
2. Platoon (Harm Müller-Spreer, GER), (1,1,6,6, 10,2,5,3,8,7) 49 p.
3. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), (4,6,9,4,3,4,6,1,6,6) 49 p.
4. Provezza (Ergin Imre, TUR) (8,9,2,2,4,5,2,5,3,9) 49 p.
5. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), (6,2,3,8,2,6,4,6,5,8) 50 p.
6. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), (7,4,5,3,7,3,11,4,4,2) 50 p.
7. Interlodge (Austin Fragomen, USA) (5,8,11,5,1,1,8,7,2,3) 51 p
8. Sled (Takashi Okura, USA), (2,5,8,11,6,11,3,9,9,5) 69 p.
9. Gladiator (Tony Langley, GBR) (10,10,1,9,5,9,7,11,7,11) 80 p.
10. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA) (11,3,7,10,9,10,10,10,10,10,4) 84 p.
11. Paprec Recyclage (Jean-Luc Petithuguenin, FRA) (9,11,10,7,11,8,1,8,11,10) 86 p.
Cinco navios procurarão a vitória na Quantum Key West Race Week
Cinco navios lutarão pelo triunfo na Quantum Key West Race Week em uma única manga. Repóquer de candidatos, nem mais nem menos. Qualquer um deles pode levar a primeira regata da temporada de 52 SUPER SERIES. E isso é uma grande notícia para ver amanhã uma das regatas mais emocionantes da história desta competição. Fazia muito tempo que não se chegava a um final de regata tão apertado.
Hoje foi outro grande dia de regatas. O Comité aplaudo a partida por três horas pela falta de vento. Depois duas saídas foram dadas com um vento flojo de cerca de sete nós, mas suficiente para garantir a ação que depois se produziu. O grande triunfador do dia foi o Quantum Racing com um segundo e um primeiro com uma jornada muito sólida. Mas também não se deve esquecer de Provezza que chegou a porto como o novo líder da competição com dois pontos de vantagem sobre Quantum, Azzurra, Rán Racing e Platoon. Serão estes cinco navios que amanhã pelem pelo triunfo. E tudo a uma carta. Uma luta sem quartel numa competição, as 52 SUPER SERIES, que fez da igualdade entre os navios uma de suas bandeiras principais.
O primeiro teste da jornada deparou um novo vencedor: o Rán Racing de Niklas Zennström. O armador sueco está fazendo um trabalho sólido em águas de Key West e só manchau seu estaleiro com um nono. Outros foram resultados sólidos e essa regularidade lhes tinha levado a estar nas posições que ainda davam opções finais a triunfo, sem necessidade de ganhar mangas.
Rán é um barco especialista, com uma tripulação que dificilmente entra em pânico. Eles se movem muito bem na zona média da frota e hoje na primeira manga viram sua oportunidade de ganhar a manga quando conseguirem fazer com o espaço de mar mais próximo ao pin de saída. Em Key West, o pin está dando bons resultados aos que mais se aproximam dele nas saídas. Desde essa posição e com um domínio do lado esquerdo do campo de regatas em intensidade de vento logo a manga tornou-se uma coisa de dois entre eles e o Quantum Racing. Os de Doug DeVos, como era de esperar, saíram com a vontade de limpar seu mancillado casillero de quarta-feira (8,7,9). Chegaram primeiro à baliza de barlovento com uma apreciabilidade renda sobre os nórdicos. Mas cometeram o erro de deixar Adrian Stead sair com sua tática a esse lado e em pouco menos de meio troço já haviam se posto pela frente.
Por trás muito sólido também o Platoon de Harm Müller-Spreer que fez um terceiro sabedor de que suas opções de estar no pódio de amanhã são cada vez mais reais. Azzurra e Provezza ficaram surpresos por uma última popa incrível de Bronenosec e perderam um ponto mais em relação a Platoon e Rán.
A segunda manga foi de princípio a fim de uma demonstração de Quantum Racing. Normalmente o navio americano procura partir pelo centro da linha para não entrar em muitos compromissos, mas se queria reenganchar-se ao vagão dos contenentes à vitória tinha que tomar riscos. E ele fez-o e foi buscar o pin. Conseguiu-o e já daí só teve rival no Azzurra no primeiro trecho de ceñida da nona manga. Os italianos aguentaram o envite, embora na passagem pela boia, Quantum o fez com uma vantagem ridícula, mas suficiente para montar a boia de desmarque primeiro. Azzurra arriscou na popa e foi buscar o lado esquerdo da empopada. Mala decisão que lhe fez perder posições em favor de Interlodge e Provezza, mas Vascotto só sabe jogar vencedor.
Platoon e Rán Racing tiveram uma má manga e para os alemães foi doloroso perder o líder com um oitavo posto. No entanto, hoje saem às águas azul turquesa de Key West com as mesmas opções que os outros quatro barcos de ganhar. Quem dá mais?
Guilherme Parada, cana do Azzurra, expressa:
“Foi um dia complicado pelo pouco vento e pelas calmas que havia no campo de regatas. Nós saímos bem parados porque não navegamos bem. Cometimos alguns erros e isso é pago. Na regata final há que manter a cabeça fria com quatro barcos em dois pontos. É preciso ganhar o campeonato. O importante é analisar o que hoje fizemos mal para que não se repita e sair à água com a possibilidade de ganhar esta regata”.
Nacho Postigo, navegante do Provezza, sustenta:
“Outro dia bom no escritório. Foram duas regatas com muito pouco vento que é algo que, em princípio, não nos vai nada bem para as condições do nosso navio. Mas a verdade é que Peter (Holmberg, cana) fez umas saídas espetaculares e Tony (Rey, táctico) tem estado acertadíssimo na chamada dos ventos que hoje era um tema extremamente complicado de acertar. Portanto, navegámos a semana muito bem menos o primeiro dia. Fica amanhã, mas com o apertado que está tudo e com o bom que são os rivais, vai ser complicado poder manter o primeiro posto, mas claro que vamos tentar”
Classificação da Quantum Key West Race Week (após 9 mangas)
1. Provezza (Ergin Imre, TUR) (8,9,2,2,4,5,2,5,3) 40 p.
2. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), (3,7,4,1,8,7,9,2,1) 42 p.
3. Platoon (Harm Müller-Spreer, GER), (1,1,6,6, 10,2,5,3,8) 42 pontos.
4. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), (6,2,3,8,2,6,4,6,5) 42 p.
5. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), (4,6,9,4,3,4,6,1,6) 43 p.
6. Interlodge (Austin Fragomen, USA) (5,8,11,5,1,1,8,7,2) 48 p
7. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), (7,4,5,3,7,3,11,4,4) 48 p.
8. Sled (Takashi Okura, USA), (2,5,8,11,6,11,3,9,9) 64 p.
9. Gladiator (Tony Langley, GBR) (10,10,1,9,5,9,7,11,7) 69 p.
10. Paprec Recyclage (Jean-Luc Petithuguenin, FRA) (9,11,10,7,11,8,1,8,11) 76 p.
11. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA) (11,3,7,10,9,10,10,10,10) 80 p.
Azzurra captura Platoon no líder da Quantum Key West Race Week
Os americanos ganham duas mangas e os franceses a sua primeira desde que participam no circuito de 52 SUPER SERIES em seis anos. Azzurra iguala a Platoon na liderança da Quantum Key West Race Week após um dia de três testes.
Paprec nunca esquecerá o dia de hoje. Após seis anos participando do circuito de 52 SUPER SERIES, em Key West o navio do armador Jean-Luc Petithuguenin e com Cédric Chateau à cana conseguiu o primeiro triunfo em uma manga em sua longa história na competição. Eles o celebraram como se tivessem ganho um Mundial e é que para eles, com um navio velho e uma tripulação semiprofissional, este triunfo sabe a glória. Também não esquecerá o Interlodge, o navio mais novo da frota que ganhou as duas primeiras mangas disputadas hoje na Quantum Key West Race Week.
Os grandes beneficiados da jornada também foram outros que o fizeram em silêncio, sem triunfos parciais: Provezza de Peter Holmberg e Azzurra de Guilherme Parada. Os dois saíram fortalecidos de uma marathoniana jornada de regatas em Key West já que se deram três saídas em previsão de um mal parte para amanhã que pode alterar o curso normal da competição. O Comitê, com um vento entre 8 e 10 nós, tirou adiante três provas nas quais argentinos e turcos foram os que melhor navegaram pensando no triunfo final.
A generalidade não pode estar mais comprimida. Platoon de Harm Müller-Spreer segue de líder, embora com os mesmos pontos que Azzurra, enquanto o navio de Holmberg está a apenas um ponto dos dois primeiros. Por trás se mantém também muito regular o Rán Racing de Niklas Zennström que ainda aspira à vitória final.
O batalhão do dia levou-o Quantum Racing que fez um oitavo, um sétimo e um nono. Nada normal para esta tripulação. Quem também não terminou bem foi Bronenosec que, depois de fazer um bom terceiro na segunda manga, terminou último na terceira regata do dia e se afasta da cabeça.
A primeira manga foi um monólogo do Interlodge com Ian Walker à cana. Ontem ficaram com o mel nos lábios ao quebrar um candeleiro e perder cinco de seus tripulantes na segunda escova da primeira manga do dia. Eles tinham liderado a regata e lutavam pelo triunfo quando ficaram sem opções. Mas hoje a tripulação do armador Austin Fragoman ressurgiu do seu problema e estreou o estaleiro de vitórias do último TP52 construído. O navio saiu do estaleiro de Longitude Cero em Burriana em novembro e hoje após apenas cinco mangas disputadas de competição oficial já foi lançado. Também supôs na Quantum Key West Race Week o primeiro triunfo para uma cana profissional, pois a quatro anteriores mangas as haviam ganhado armadores-canhas.
Em segunda posição ficou Azzurra que fez uma sólida manga saindo junto aos americanos pelo lado do visualizador e colocando pressão todo o tempo a Walker e seus homens. Este sólido segundo e os tropezões importantes de Quantum Racing e Platoon punham ao navio de Guilherme Parada momentâneamente em primeira posição da tabela. Quantum teve um lío na primeira boia de barlovento e depois se penalizou na porta de sotavento. Chegou a ir último, mas no final recuperou até a oitava praça.
A segunda manga teve o mesmo vencedor, embora com argumento diferente. Foi Interlodge que ganhou a manga, mas depois de sudar tinta ante o Bronenosec. Os americanos voltaram a lutar pelo lado do pin na saída e conseguiram. Ali tiveram que brigar com Azzurra e Platoon enquanto Bronenosec saiu por um lugar mais centrado na linha com linhas muito mais limpas do que o resto dos concorrentes e apenas centrado na sua velocidade. O barco de Vladimir Liubomirov teve duas fracções consistentes, mas na segunda ceñida viu como Interlodge tinha mais velocidade e lhe dava alcance. Os dois estavam brigando até chegar à boia onde os russos não puderam fazer valer sua posição dominante no último cruzamento e tiveram que permitir ao “novato” da frota passar primeiro pela boia.
Na última popa Liubomirov não se quis conformar com fazer um segundo posto e optou por uma sequência inicial que os levou sozinhos a buscar seu lado esquerdo na popa e a juglo tudo a uma carta. Ele saiu cruz a aposta e perdeu o segundo lugar com um Platoon que se ressurtou da prova ruim do dia. Também saiu malparado do último trecho o Azzurra, já que lhe adiantaram na parte final do trecho tanto o Rán Racing de Niklas Zennström quanto o Provezza de Peter Holmberg.
A terceira manga teve uma primeira tingida reñidíssima. Até oito navios estavam brigando online com muito pouca diferença por chegar primeiros à baliza de barlovento. Ali, sorpresivamente, apareceu Paprec de Cédric Chateau seguido de Provezza. O normal é que os franceses cedissem diante do impulso dos ‘leões’ profissionais, mas com seu velho veleiro foram capazes de manter sua vantagem e ganhar a primeira manga de sua história em 52 SUPER SERIES. Eles o celebraram por tudo o alto. Não era para menos. Toda a “família” da regata se alegrou do primeiro triunfo de uma equipe que demonstrou tenacidade, constância e espírito esportivo.
Na verdade, o triunfo de Paprec supôs a primeira vitória após sete mangas em Key West que não ganha um dos quatro barcos que utilizam velas de Quantum Sails.
Vasco Vascotto, tático do Azzurra, explica:
“Este ano é mais complicado do que nos anteriores porque há mais barcos que podem ganhar mangas, como ficou demonstrado com os triunfos de Gladiator e hoje de Paprec. E há que ter muito em conta o Platoon esta temporada que está se mostrando muito sólido. Estamos felizes em partilhar a liderança com eles; estamos bem, o barco tem velocidade e sabemos que este ano não começámos com uma desvantagem como no ano passado. O que acontece é que nos tornamos deixados alguns postos pelo caminho hoje e isso tem que mudar porque esta frota não perdoa”.
Classificação da Quantum Key West Race Week (após 7 mangas)
1. Platoon (Harm Müller-Spreer, GER), (1,1,6,6, 10,2,5) 31 pontos.
2. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), (6,2,3,8,2,6,4) 31 p.
3. Provezza (Ergin Imre, TUR) (8,9,2,2,4,5,2) 32 p.
4. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), (4,6,9,4,3,4,6) 36 p.
5. Interlodge (Austin Fragomen, USA) (5,8,11,5,1,1,8) 39 p
6. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), (3,7,4,1,8,7,9) 39 p.
7. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), (7,4,5,3,7,3,11) 40 p.
8. Sled (Takashi Okura, USA), (2,5,8,11,6,11,3) 46 p.
9. Gladiator (Tony Langley, GBR) (10,10,1,9,5,9,7) 51 p.
10. Paprec Recyclage (Jean-Luc Petithuguenin, FRA) (9,11,10,7,11,8,1) 57 p.
11. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA) (11,3,7,10,9,10,10) 60 p.
Platoon domina no início das 52 Super Series da Flórida
Platoon sustentou a liderança na Quantum Key West Race Week frente a um Quantum Racing que volta a mostrar sua credencial para aspirar a tudo: sua consistência. Os alemães assinaram dois sextos postos, enquanto a equipe de Doug DeVos fez um quarto e um primeiro na segunda jornada de 52 SUPER SERIES em águas dos cayos da Flórida. O melhor barco na água hoje foi o Provezza com dois segundos postos e uma atuação muito sólida enquanto Gladiator estreou seu estaleiro de vitórias na primeira das duas mangas.
As quatro regatas que são disputadas esta semana em Key West foram ganhadas por equipes que levam velas da assinatura Quantum Sails. Só falta por estrear o Interlodge que ontem esteve perto de conseguir não ser por um problema ao quebrar um candeleiro lhe apartou da luta pelo triunfo na primeira manga de 52 SUPER SERIES.
Mas a batalha está muito aberta tanto para os barcos do Quantum Sails como os que equipe North Sails, e para mostra foi a grande atuação hoje de Provezza com dois sólidos segundos postos; e também do Bronenosec que fez um quinto e um terceiro, mas que sempre mostrou velocidade em seu navio e se apresenta como um dos contenentes ao pódio final de sexta-feira.
Gladiator ganhou a primeira manga da jornada. O navio de Tony Langley saía à água como último classificado na general após fazer ontem dois décimos postos. Antes de competir, Ed Baird tomou a palavra para falar com a tripulação. O que se disse não se sabe, mas a verdade é que teve um efeito imediato. Baird só precisa de pequenos detalhes para se tornar a composição do quadro final. E a verdade é que a clavou.
Os primeiros compassos da manga foram dominados pelo novato da frota, o Interlodge de Austin Fragomen e que leva a cana a Ian Walker. A saída pelo pin do navio americano permitiu-lhes controlar a primeira tingida e o princípio da primeira popa. Gladiator ia atrás brigando com Provezza e Azzurra. Mas na popa se viu como Interlodge tinha problemas porque indo pela mesma traçada que Gladiator começou a perder a vantagem que tinha acumulado. Azzurra optou pelo lado esquerdo do campo e perdeu suas opções de ganhar a manga. Na segunda ceñida Interlodge teve que arriar a maior para reparar o candeleiro do navio e perdeu todas as suas opções. Gladiator, que levava desde 2 de julho em Porto Cervo sem ganhar uma manga, já teve o caminho expedito para se apontar o triunfo e Azzurra, que tinha problemas com o asimétrico, perdeu na última baixa a segunda praça em favor do Provezza. Bronenosec que tinha feito uma remontada incrível teve que mudar a vela para ventos portantes e perdeu a opção de ser terceiro, terminando quinto por trás de Quantum.
Antes de se dar a saída à segunda manga houve uma chamada geral em que Sled, Rán Racing e Azzurra fizeram fora de linha. Na partida definitiva a equipe italiana com Guilherme Parada à cana ganhou o pin a Quantum e Paprec que se tinha metido a lutar por ir o mais perto possível da boia. Por outro lado, eles partiram Sled, Provezza e Bronenosec e logo se viu que esse lado do campo de regatas, o direito, ia pagar melhores rendimentos. Assim o viu Quantum Racing. Terry Hutchinson, sua tática, decidiu ir ao outro lado, embora tenha que passar pela popa de vários barcos. E essas são as reações dos campeões. Viram que não era o site e não hesitaram em mudar de abordagem. Passaram quartos pela boia de barlovento, mas com opções de lutar pela cabeça e após ter minimizado as pérdias. Azzurra enterrou suas possibilidades mais ainda na popa quando foi o único que fez uma trasluchada temporada para descer por seu lado esquerdo. Platoon foi mais tarde a esse lado, embora tenha ficado melhor do que os azuis, já que passaram quartos pela porta de sotavento.
Quantum seguiu em seu desempenho constante e na porta era segundo. A batalha estava servida com o Provezza de Peter Holmberg. Mas o match-race entre os dois barcos na segunda ceñida acabou levando Quantum na luta de viradas, apesar de ir por sotavento e sem preferência. Já a tinha. A vitória era sua porque a segunda popa já foi de mero trâmite para eles. Quantum, sem grandes alharacas, já está a apenas um ponto de Platoon na geral. Já chegou onde queria.
Classificação da Quantum Key West Race Week (tras 4 mangas) 1. Platoon (Harm Müller-Spreer, GER), (1,1,6,6) 14 pontos. 2. Quantum Racing (Doug DeVos, USA), (3,7,4,1) 15 p. 3. Azzurra (Familia Roemmers, ITA/ARG), (6,2,3,8) 19 p. 4. Bronenosec (Vladimir Liubomirov, RUS), (7,4,5,3) 19 p. 5. Provezza (Ergin Imre, TUR) (8,9,2,2) 21 p. 6. Rán Racing (Niklas Zennström, SWE), (4,6,9,4) 23 p. 7. Sled (Takashi Okura, USA), (2,5,8,11) 26 p. 8. Interlodge (Austin Fragomen, USA) (5,8,11,5) 29 p 9. Gladiator (Tony Langley, GBR) (10,10,1,9) 30 p. 10. Alegre (Andrés Soriano GBR/USA) (11,3,7,10) 31 p. 11. Paprec Recyclage (Jean-Luc Petithuguenin, FRA) (9,11,10,7) 37 p.
Nacho Postigo, navegante do Provezza, explica:
“Um bom dia na água para o Team Provezza depois de acabar muito pouco contentes ontem. Fizemos duas boas saídas que, na primeira, nos colocou fácil para poder escolher o lugar onde queríamos estar. No final, a ruptura dos candeleiros do Interlodge e a ruptura de spi de Azzurra nos ajudou a subir à segunda praça final. A segunda foi uma muito boa regata desde o início. É uma pena que tenhamos perdido com o Quantum por muito pouco na boia de barlovento; acho que mereciamos ganhar, mas não nos podemos queixar. Nesta frota fazer dois segundos é um resultado magnífico e estamos muito contentes. Agora só temos que navegar tão bem como hoje o resto da semana e não o mal que fizemos ontem. Por isso!”Doug DeVos, armador e cana de Quantum Racing:
“Foi um dia fantásitico: a brisa, as ondas, a cor da água. O que poderia sair mal? Nós realmente tivemos um grande dia. Temos sido capazes de aguentar bem na primeira manga e ganhar a segunda, pelo que estamos encantados. Encontrámos boas linhas e fomos muito rápidos nas popas. O barco vai tão rápido! Está bem com a Bora (o novo prontuário). Ele se adapta bem, cada dia se sente mais confortável e tem vindo trazendo coisas boas desde o primeiro dia. ”John Kostecki, tático do Platoon:
“Hoje foi um bom dia. Após dois dias de competição, seguir na primeira posição é para estar muito contente. O vento estava hoje menos rolão, mas encontrámos bons lugares pelos quais navegar ainda que acredito que nos enredámos um pouco”.
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